Lucro da TIM cai 5,2% no 2º trimestre com receita afetada por Copa
O lucro da TIM teve queda de 5,2% de abril a junho na comparação anual, com receitas sofrendo impacto da redução da atividade econômica durante o mês da Copa do Mundo, informou a segunda maior operadora móvel do Brasil.
A empresa divulgou na noite de quinta-feira (31) que teve lucro líquido de R$ 365,6 milhões no trimestre, frente a R$ 385,5 milhões em igual período de 2013. Em pesquisa da Reuters, analistas estimavam lucro de R$ 369 milhões para o período.
Em seis meses, o lucro da TIM subiu 6,7%, para R$ 737,7 milhões, "resultado saudável em ambiente que segue apresentando desafios ligados à competição e menor crescimento do setor", disse a empresa em relatório de resultados.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 8% no segundo trimestre, para R$ 1,33 bilhão de reais.
A receita líquida total somou R$ 4,77 bilhões, uma queda de 3,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita líquida de serviços, somente, teve variação negativa de 2%, para R$ 3,9 bilhões.
Segundo a companhia, a receita sofreu efeito da queda de tráfego devido ao número reduzido de dias úteis em junho por conta dos jogos do Mundial.
A receita bruta de serviços de valor agregado, no entanto, subiu 22,2% no ano a ano, devido ao aumento dos usuários de dados, disse a TIM. A base total de assinantes ficou em 74,2 milhões de linhas, alta de 2,8% em 12 meses, abaixo do crescimento de 3,8% do mercado brasileiro.
A quantidade de clientes pós-pagos cresceu 7,4%, e chegou a 12,2 milhões. A base da TIM com aparelhos 3G encerrou o segundo trimestre com 30,2 milhões de usuários, aumento de 76,5% na comparação anual, com participação de mercado de 25,52%. A base de usuários de banda larga Live TIM, por sua vez, chegou a 100 mil, com adição de 20,2 mil novos clientes.
A receita média por usuário (ARPU) atingiu R$ 17,3 no período, queda de 4,5% sobre um ano antes, devido à redução da VU-M, taxa de interconexão cobrada pelas operadoras de telefonia móvel de operadoras fixas.
DESPESAS
Os custos e as despesas operacionais totalizaram R$ 3,4 bilhões no trimestre, queda de 7,2% no ano a ano. Os investimentos da TIM no segundo trimestre totalizaram R$ 1,04 bilhão, redução de 7% em relação ao segundo trimestre de 2013.
No semestre, foram investidos R$ 1,66 bilhão, sendo 94% desse total dedicados à infraestrutura. A dívida bruta somava R$ 6,36 bilhões no fim de junho, incluindo o primeiro desembolso no total de R$ 1,75 bilhão realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a financiar os investimentos de 2014 a 2015.
Excluindo esse efeito, a dívida bruta aumentou 1,9% na comparação anual. Para o segundo semestre, a TIM destacou em seu relatório de resultados a "provável realização do leilão da frequência de 700 MHz para os serviços 4G no início de setembro".
"Seguimos com todos os passos necessários para a participação e aquisição desse importante conjunto de recursos para a expansão da nossa presença no mundo de dados", disse a companhia.
Também na noite de quinta-feira, o Conselho de Administração da TIM indicou Guglielmo Noya para o cargo de diretor financeiro, acrescentando que a eleição do executivo ficará condicionada à obtenção das autorizações necessárias à concessão do visto pertinente.
Noya substituirá Claudio Zezza, que permanecerá no cargo até a efetiva posse.
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Timl/2014
Faturamento R$ 4,77 bilhões
Lucro líquido R$ 365,6 milhões
Número de funcionários 12 mil
Dívida de longo prazo R$ 5,2 bilhões
Principais concorrentes Oi (em fusão com a Portugal Telecom), Claro (América Móvil), Vivo (Telefônica Brasil)
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