Bancos de Portugal vão trabalhar para venda rápida de novo BES, diz agência
Instituições financeiras de Portugal vão trabalhar em conjunto com autoridades para uma venda rápida do novo banco que será criado a partir dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) nesta quarta-feira (6).
Fernando Faria de Oliveira afirmou à Reuters que a intervenção feita pelo banco central de Portugal para resgatar um dos maiores bancos do país, que envolve injeção de € 4,9 bilhões de euros, é positiva diante da importância sistêmica do BES.
Como parte do plano, o Estado português emprestou € 4,4 bilhões de euros para o fundo de resgate de bancos do país, que se tornou o dono formal do saudável Novo Banco, enquanto a instituição com ativos tóxicos do BES, será gradativamente fechada.
Em resposta a perguntas da Reuters, Oliveira afirmou ainda que os bancos propuseram fazer uma contribuição adicional para reduzir o empréstimo estatal para € 3,9 bilhões de euros.
Os bancos portugueses financiaram o fundo de resgate montado em 2012 e que tinha apenas algumas centenas de milhões de euros, não o bastante para salvar o BES. Agora o fundo terá que vender o banco para investidores para pagar o empréstimo do Estado. O empréstimo tem juros crescentes estabelecidos para estimular o pagamento em breve.
Mario Cruz - 10.jul.2014/Efe | ||
Associação Portuguesa de Bancos afirma que entidades financeiras do país irão trabalhar rapidamente para a venda do novo BES |
"Os bancos associados manifestam prontidão para colaborarem com as autoridades, especificamente sobre o fundo de resgate, para o sucesso das medidas adotadas e uma venda rápida das ações do Novo Banco", disse Oliveira.
Ele afirmou ainda que agora que a insolvência do BES foi evitada, a APB espera que os bancos do país passem nos testes de estresse a serem feitos pelo Banco Central Europeu este ano.
O BCE colocará os 131 maiores bancos da zona do euro sob uma verificação sem precedentes de saúde financeira antes de se tornar supervisor deles em novembro.
INVESTIMENTO
O ministro da Economia de Portugal, António Pires de Lima, afirmou hoje que o fortalecimento da economia do país deve ajudar na recuperação do investimento de resgate.
Segundo o ministro, os investidores ainda "precisam digerir o que aconteceu" no processo de ruína do império da família fundadora do BES e irão distinguir entre essa questão e "o que é essencial, que é a evolução positiva da economia".
OPOSIÇÃO
O resgate ao BES tem suscitado críticas por parte da oposição ao governo de Portugal.
Enquanto o governo garante que as perdas serão unicamente dos acionistas, e não dos depositantes ou às empresas com créditos no BES, a oposição afirma que o investimento de Portugal coloca em risco o dinheiro dos contribuintes portugueses.
BRADESCO
Dentre os detentores de bônus do antigo BES, que foram repassados ao "banco ruim", está o Bradesco. Nesta segunda (4), o banco anunciou que fará um ajuste contábil devido à perda do investimento na instituição financeira.
O Bradesco detém um investimento de 3,9% do capital do BES.
Em comunicado, o Bradesco afirmou que provisionou 100% do investimento e que a ação terá efeitos no lucro líquido do banco no terceiro trimestre, no valor aproximado de R$ 356 milhões.
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