OIT afirma que a América ainda é a região mais desigual do planeta
O continente americano continua sendo a região mais desigual do planeta e seu grande desafio é reduzir a taxa de informalidade laboral, afirmou nesta segunda-feira (13) o diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Guy Ryder.
"A média da taxa de informalidade nas Américas é de quase 47%. Diminuiu, mas continua sendo elevada", ressaltou Ryder durante uma entrevista coletiva realizada antes do início da 18ª Reunião Regional Americana da OIT, em Lima.
O representante da OIT acrescentou que "o desafio da formalização do trabalho na região tem que ser uma prioridade" já que, segundo disse, "com estas taxas de informalidade não é uma surpresa que as Américas sejam ainda a região mais desigualdade do planeta".
Ryder destacou, no entanto, que foram registrados avanços em matéria de emprego, já que a taxa de desemprego urbano regional está em 6,2%, abaixo dos 6,6% do ano passado.
O diretor da OIT acrescentou que também houve um avanço na luta contra a pobreza, mas alertou que deve se prestar uma especial atenção ao momento atual, já que está ocorrendo uma perda de dinamismo econômico em nível regional e global.
MAIS DIÁLOGO
Ryder também ressaltou o avanço da América Latina na promoção dos direitos fundamentais dos trabalhadores, especialmente na luta contra o trabalho infantil, e disse que outro dos desafios pendentes na região é o diálogo social.
"Em momentos em que se fala muito na região, e mais, da necessidade de reformas estruturais, de melhorar a produtividade e competitividade de nossas economias, é importante entender que o diálogo entre governos, empresários e trabalhadores é uma ferramenta, e não um obstáculo, para fomentar melhoras nestes campos", enfatizou.
A OIT assinalou que sua reunião regional, que terminará na quinta-feira (16), é o encontro mais importante do mundo do trabalho no continente, e convoca ministros e delegados de governos, assim como representantes empresariais e sindicais da América.
A reunião de Lima, na qual participam 400 representantes e delegados de 70 países.
Durante o encontro serão avaliados os avanços e as mudanças na situação do trabalho na América desde a última reunião regional, que aconteceu em 2010 em Santiago do Chile.
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