Twitter quer rivalizar com gigantes na internet móvel
O Twitter planeja usar as empresas que comprou para se tornar uma plataforma móvel capaz de concorrer com Google, Apple e Facebook, e apresentou nesta quarta (22) um pacote de ferramentas para desenvolvedores com vistas a ampliar seu negócio.
O novo kit, chamado Fabric, combina as principais aquisições, da Crashlytics, empresa que criou um software para identificar o bug que causa a queda de seus aplicativos, ao MoPub, um "pregão" de publicidade on-line comprado em 2013.
"Dois anos atrás, contemplávamos o que vinha ocorrendo no cenário móvel e sabíamos que queríamos expandir nossa presença para não sermos só um produto, mas uma plataforma", diz Jessica Verrilli, diretora de desenvolvimento corporativo e estratégia do Twitter.
Os mercados financeiros nos EUA têm focado o número de usuários do Twitter.
A empresa pode ter superado as expectativas de receita, com base na expansão de suas plataformas publicitárias (ela ainda não apresenta lucro), mas os investidores estão preocupados com a possibilidade de o Twitter não conseguir expandir sua base de 271 milhões de usuários o suficiente para os anunciantes a tratarem com seriedade.
O Fabric, composto de quatro serviços gratuitos, é um esforço para demonstrar que a empresa tem futuras fontes de receitas que vão além dos tuítes promovidos que já são veiculados nas "timelines".
Dois têm poucos benefícios evidentes para o Twitter além de satisfazer o público cobiçado: ferramentas de estabilidade da Crashlytics; e o Digits, um método de autenticar usuários via SMS.
Os dois outros podem ajudar a companhia no longo prazo: distribution, que facilita a incorporação de tuítes a aplicativos; e revenue, que permite a apps usar o MoPub para obter publicidade.
O Twitter quer manter as aquisições com recursos de sua oferta pública inicial de ações (IPO), US$ 1,8 bilhão em títulos emitidos em setembro e uma linha de crédito de US$ 1 bilhão anterior ao IPO.
Mas esses números, combinados a outros US$ 30 bilhões levantados no mercado, ainda deixam transações como a compra do WhatsApp pelo Facebook, por US$ 22 bilhões, fora de seu alcance.
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