BC do Japão surpreende ao expandir estímulos à economia
O Banco do Japão surpreendeu os mercados financeiros globais nesta sexta-feira (31) ao expandir seu forte estímulo à economia, reconhecendo que o crescimento econômico e a inflação não aceleraram como esperado após o aumento do imposto sobre vendas em abril.
O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, classificou a decisão como uma prevenção para manter a política monetária no caminho certo.
"Decidimos expandir o estímulo quantitativo e qualitativo para garantir que alcancemos logo nossa meta de preço", disse ele em entrevista à imprensa, reafirmando a meta de inflação de 2 por cento no próximo ano.
"Estamos em um momento crítico no esforço de nos libertamos da mentalidade de deflacionária."
No começo de outubro, Kuroda destacou a resolução de manter o forte estímulo à economia por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve.
Xinhua | ||
Presidente do BC japonês, Haruhiko Kuroda explica a expansão de estímulo à economia em coletiva |
COMPRA DE TÍTULOS
Em uma rara decisão dividida, o conselho do banco central votou por 5 a 4 para acelerar as compras de títulos do governo japonês, para que seu portfólio aumento ao ritmo anual de 80 trilhões de ienes (US$ 723,4 bilhões), 30 trilhões de ienes a mais do que era feito até então.
"A economia do Japão continua se recuperando moderadamente como tendência e deve continuar crescendo acima de seu potencial", informou o banco central. "Mas a demanda doméstica fraca após o aumento do imposto sobre vendas e fortes quedas nos preços do petróleo estão pesando sobre os preços."
Em relatório semianual, o banco central ainda cortou pela metade sua previsão de crescimento para o ano fiscal até março, para 0,5%. Também reduziu ligeiramente a projeção para o índice de preços ao consumidor para os anos fiscais de 2014 e 2015, mas ainda espera atingir sua meta de inflação dentro do cronograma de dois anos originalmente determinado.
ESTÍMULOS PROLONGADOS
Na terça-feira (28), Kuroda afirmou que não havia prazo predeterminado para encerrar o forte estímulo monetário, sinalizando que o período de dois anos para atingir a meta de inflação não é rígido.
Falando no Parlamento, ele manteve a visão favorável do banco central japonês de que a meta de inflação de 2% será atingida por volta do próximo ano fiscal, que começa em abril de 2015, e acrescentou que as autoridades começarão a debater uma estratégia de saída do programa de estímulo durante aquele ano.
Ele fez a rara declaração sobre o plano de saída quando pressionado por um legislador de oposição, que levantou preocupações sobre riscos de afrouxamento monetário prolongado.
"A projeção do conselho (do BC) é que os 2% deverão ser atingidos durante em torno do ano fiscal de 2015. Então não há dúvidas de que vários debates serão realizados sobre a estratégia de saída durante o período", disse Kuroda.
Ele reiterou que "não hesitará em ajustar a política" se a meta for ameaçada. Ao adotar seu programa de estímulo em abril passado, o banco central japonês prometeu dobrar a base monetária por meio de agressivas compras de ativos para atingir a meta de inflação.
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