Gasolina subirá em média até R$ 0,04, diz sindicato dos postos
O reajuste de 3% no preço da gasolina e de 5% no do diesel nas refinarias já começou a ter impacto sobre os valores das bombas nesta sexta-feira (7) pela manhã.
A alta esperada pelo Sincopetro (sindicato dos postos) é de R$ 0,03 ou R$ 0,04 no litro da gasolina, ou cerca de 1%, segundo José Alberto Gouveia, presidente da entidade.
Para o diesel, espera-se aumento de R$ 0,08 ou R$ 0,09, de acordo com Gouveia.
O preço nas bombas, que é livre, deverá ser reajustado à medida que novos estoques de combustível cheguem aos postos.
"Ainda não temos um aumento generalizado. Alguns postos têm estoques e podem aproveitar o momento para vender mais barato, fazendo concorrência com vizinhos", diz Gouveia.
Segundo ele, os dias de maiores vendas são as sextas-feiras e os sábados. Na próxima segunda-feira (10), portanto, a maior parte dos postos já deve ser reabastecida de produto a preços novos.
Apesar das estimativas do sindicato, o gerente de um posto de gasolina na marginal Pinheiros disse à reportagem que já elevou a gasolina em R$ 0,05 e o diesel, em R$ 0,10 o litro na manhã desta sexta-feira.
Segundo ele, não houve corrida aos postos na noite de quinta (6).
Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o impacto da mudança de preços na gasolina e no diesel na inflação será de 0,1 ponto percentual.
Apu Gomes/Folhapress | ||
Funcionário troca preço de combustível em posto de São Paulo após anúncio de reajuste |
REAJUSTE
A Folha apurou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, havia feito, em um encontro da Petrobras, uma apresentação que trazia o percentual de 8%. Segundo o governo, o reajuste menor -chamado internamente de "simbólico"- deve evitar que a inflação estoure o teto da meta em 2014.
O aumento vinha sendo defendido por especialistas do setor havia vários meses e chegou a ser tema de campanha -até recentemente, a Petrobras vendia no mercado interno combustível por preço menor que o pago pelo produto importado.
A alta, no entanto, não deve ser suficiente para a Petrobras recuperar o prejuízo dos últimos anos com a defasagem dos preços -estimado em R$ 60 bilhões, segundo a corretora Gradual.
O reajuste de ontem fora autorizado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) em reunião do Conselho de Administração da empresa, na terça. Mantega é presidente do conselho. Na ocasião, não houve acerto sobre o preço.
O aumento, segundo interlocutores do governo, também serve para sinalizar ao mercado um desejo de fortalecer a Petrobras e praticar uma política de preços mais realista no segundo mandato.
Além das dificuldades de caixa provocadas pela defasagem de preços, a Petrobras tem sua imagem prejudicada pelo escândalo revelado pela Operação Lavo Jato.
A Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar) disse que o aumento é pequeno para beneficiar o setor de etanol no Brasil.
"Francamente, o efeito é nulo para o etanol, acho que qualquer mudança de margem de posto ou distribuidor obscurece esse aumento [da gasolina]", afirmou a presidente da associação, Elizabeth Farina.
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