Mau desempenho da indústria reduz participação de São Paulo no PIB
O maior parque fabril do Brasil, o Estado de São Paulo continua a perder espaço no PIB brasileiro. É o que mostra o resultado das Contas Regionais do Brasil de 2012, pesquisa que mostra a participação dos estados e setores da economia na composição do PIB, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.
São Paulo teve a terceira queda consecutiva de participação na geração das riquezas produzidas no Brasil. Mesmo assim, o Estado permanece sendo responsável por um terço do resultado do PIB brasileiro.
Em 2012, a participação do Estado foi de 32,1%, queda de 0,5 ponto percentual em relação ao verificado em 2011. No início da série histórica, em 2002, a participação era de 34,6%.
O valor em reais do PIB de São Paulo foi de R$ 1,4 trilhão em 2012. O segundo colocado na lista de estados mais influentes no PIB, o Rio de Janeiro, teve um valor de R$ 504 bilhões, montante que era basicamente o mesmo da economia de São Paulo em 2002.
A redução da participação de São Paulo é reflexo da queda da importância da indústria na economia brasileira que, em 2012, respondeu por 26% do PIB, o menor percentual desde o início da série, em 2002, quando a participação era de 27,1%. São Paulo representa 40% do setor industrial brasileiro.
Os serviços tiveram em 2012 seu maior percentual de participação na economia, de 68,7%. O movimento, em detrimento da indústria, ocorre, entre outros motivos, pela melhora do nível geral de renda da população brasileira.
O Rio foi o único estado da região Sudeste que teve aumento de participação, de 0,3 ponto percentual de 2011 para 2012, somando 11,5%.
O principal motivo foi a melhora da indústria extrativa mineral decorrente do setor de petróleo, muito presente no litoral do Estado. O Rio foi também o único estado que cresceu entre os quatro depois de São Paulo que mais contribuem com o PIB, com 32,8%–Minas Gerais (-0,1%), Rio Grande do Sul (0%) e Paraná (0%).
REGIÕES
As regiões Nordeste e Centro-Oeste foram as únicas que tiveram aumento de participação no PIB entre 2011 e 2012.
O Nordeste passou a ter 13,6% de participação no PIB em 2012, alta de 0,2 ponto percentual em relação a 2011. O Centro-Oeste teve o mesmo volume de crescimento, mas representou 9,8% da geração de riquezas.
A região Norte perdeu espaço no PIB (-0,1 ponto percentual), representando 5,3% da economia, por conta da redução da atividade da zona franca de Manaus, que concentra várias indústrias.
O Sudeste, que respondia por 55,2% do PIB, teve sua participação reduzida em 0,2 ponto percentual. A variação no Sul foi de zero, respondendo ainda por 16,2% do PIB.
Na comparação de 2012 com o verificado no início da série histórica, em 2002, o Sul e o Sudeste tiveram queda enquanto o Norte, Nordeste e Centro-oeste avançaram.
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