Em novo dia de volatilidade, Bolsa encerra com leve alta; dólar recua
Em mais um dia marcado pela volatilidade, a Bolsa brasileira fechou o pregão desta terça-feira com leve alta, na expectativa da confirmação da nova equipe econômica. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve alta de 0,28%, para 55.560 pontos.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia com recuo de 0,27%, valendo R$ 2,5408. O comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 0,47%, para R$ 2,537.
Segundo analistas, a expectativa pela confirmação da nova equipe econômica deixa o mercado com essa alta volatilidade e também foi o principal fator de influência no câmbio hoje. Além disso, houve o rebalanceamento do índice MSCI para o Brasil, que movimentou os negócios, e o anúncio de novas regras para o setor elétrico, com corte do preço máximo de energia de curto prazo pela Aneel, que influenciou em baixa na maioria das ações do setor.
A oscilação ao longo do dia foi bem maior: chegou a 56.386 pontos na máxima do dia e a 55.204 no piso. O volume se acelerou no final e alcançou R$ 7,3 bilhões, acima da média diária de R$ 7 bilhões registrada até então no mês de novembro. Das ações do Ibovespa, 27 terminaram o dia em alta, 41 em baixa e duas em estabilidade.
Quando o mercado subia mais de 1% por volta das 12h30, Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, disse que não arriscaria prever que a alta fosse perdurar até o final do dia. "Ontem (segunda) também o dia começou com euforia e terminou no negativo", lembrou.
Segundo William Araújo, executivo da equipe de análises da UM Investimentos, poucos fatores influíram no índice hoje e o político foi de fato o de maior relevância
Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora, atribuiu o otimismo com Petrobras no início do dia -a ação chegou a subir mais de 4%– à recomendação de compra do papel feita pelo Citibank.
Para ele, o baixo volume observado nos últimos dois dias na Bolsa colabora para uma maior volatilidade e decorre da falta de fatos novos aliada ao baixo volume negociado. Até perto do fechamento, as negociações somavam R$ 5,5 bilhões.
AÇÕES
Depois de terem subido mais de 4%, as ações da Petrobras recuaram e fecharam o dia em baixa, o que influenciou para que o Ibovespa arrefecesse a alta.
Os papéis preferenciais, mais negociados, recuaram 0,42%, para R$ 14,15. As ações ordinárias, com direito a voto, caíram ainda mais: 1,12%, para R$ 13,28.
O que ajudou a segurar o índice no azul foram as ações do setor bancário, tanto Itaú (+1,28%, para R$ 39,65) quanto Bradesco (+1,44%, para R$ 40,92).
CÂMBIO
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, enquanto a nova equipe econômica não der sinais de como vai ser a nova política monetária, o mercado de câmbio vai ficar volátil também.
"Quando ele sente que a coisa vai ser ruim, joga a cotação para R$ 2,60. Por outro lado, quando os dados econômicos ajudam, ela vai se aproximando mais de R$ 2,50", descreve ele.
Mas, para Galhardo, o mercado está resistente em operar abaixo da cotação de R$ 2,50 por dólar. "Seria muito otimismo por enquanto", avalia.
O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,4 milhões.
A autoridade monetária também rolou o vencimento de 14 mil contratos de swap que venciam dia 1º de dezembro, numa operação que totalizou US$ 683 milhões.
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Atualizado em 19/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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