Dólar bate em R$ 2,759 com aversão ao risco e queda da moeda russa
O cenário negativo tanto no exterior quanto na cena doméstica aumenta a demanda por aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, pressionando a cotação da moeda americana em relação às principais divisas internacionais nesta terça-feira (16).
As moedas dos emergentes sofrem pressão adicional por causa da operação do banco central da Rússia, que elevou a taxa de juros daquele país em 6,5 ponto percentual, para 17% ao ano, numa medida emergencial para tentar conter a escalada do dólar sobre o rublo russo. Apenas na última segunda-feira a moeda russa perdeu 9,58% sobre a divisa dos EUA.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 2,54% sobre o real, às 12h50 (de Brasília), cotado em R$ 2,756 na venda. A moeda chegou a atingir R$ 2,758 por volta de 12h40.
Já dólar comercial, usado no comércio exterior, mostrava alta de 2,56%, às 12h50, para R$ 2,754 na venda. Na máxima do dia, por ora, o valor alcançou R$ 2,759. Ambas as cotações estão em seu maior nível em mais de nove anos.
INTERVENÇÕES
O mercado aguarda com cautela uma sinalização por parte do Banco Central sobre o rumo de seu programa de intervenções no câmbio, previsto para acabar em 2014, em um cenário de expectativa de aumento nos juros dos EUA em breve, o que adicionaria ainda mais pressão sobre o dólar.
Em audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que, nos próximos dias, a instituição definirá os parâmetros do programa de leilões diários de swaps cambiais que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2015. É a primeira vez que o BC fala em manter o programa de intervenções.
Nesta terça, o BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado, por meio do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 196,6 milhões. A autoridade também promoveu um novo leilão para rolar os vencimentos de 10.000 contratos de swap previstos para 2 de janeiro de 2015, por US$ 488,8 milhões.
Haverá pela tarde um reforço de um leilão de linha de crédito de US$ 1 bilhão para injetar recursos novos no mercado. É uma operação em que o BC vende a moeda estrangeira, mas com a obrigação, por parte de quem toma o empréstimo, de devolver o dinheiro após um determinado período.
Os empréstimos desse tipo têm sido utilizados pelo BC tanto para atender a uma demanda de fim de ano por dólares, principalmente de exportadores, mas também para amenizar a escalada da taxa de câmbio.
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