Club Med deve apoiar oferta chinesa nesta semana após italiano desistir
A companhia francesa de férias Club Méditerrannée deve apoiar uma oferta de um consórcio liderado pelo bilionário chinês Guo Guangchang nesta semana, após o licitante rival Andrea Bonomi ter se recusado a aumentar sua oferta na sexta-feira.
A decisão do italiano Bonomi põe fim à mais duradoura batalha da história corporativa francesa recente e remove a incertezas sobre o futuro do Club Med, que está lutando contra uma demanda mais fraca na Europa e pesados custos de reestruturação.
Os investidores estão esperando que os novos proprietários do Club Med invistam no reposicionamento da companhia para um padrão mais alto e em expansão em mercados como a China, o que deve ampliar a base de clientes, historicamente dominada pelos europeus.
Guo, que tem um patrimônio líquido estimado pela Forbes em cerca de U$ 4,3 bilhões, descreveu o Club Med como um investimento ideal para aproveitar a demanda crescente entre os abastados moradores de cidades da China pelo tipo de lazer em resorts que a empresa francesa oferece.
O Conselho do Club Med havia dito que só responderia à última oferta válida pela empresa. A expectativa é que Conselho faça uma declaração sobre a oferta chinesa nos próximos dias, segundo afirmou no domingo um porta-voz da empresa listada em Paris.
A oferta de € 24,60 por ação era € 0,60 superior à última feita por Bonomi, representando a oitava oferta pelo Club Med desde maio de 2013, quando Guo ofereceu primeiramente 17 euros.
A oferta de Guo foi feita através do Gaillon Invest II, que é majoritariamente controlado pelo conglomerado Fosun, do empresário. O investidor brasileiro Nelson Tanure, com quem o Club Med construirá seu quarto resort no Brasil, também poderá assumir uma fatia de até 20% no Gaillon II se a oferta for aceita.
Christian Hartmann/Reuters | ||
Grupo chinês vence corrida para adquirir Club Med. A AMF, autoridade financeira da França, havia estabelecido o dia 7 de janeiro como data limite para uma contraproposta do grupo Global Resorts, porém, o grupo liderado pelo empresário Andrea Bonomi desistiu da aquisição na última sexta-feira. |
VISÕES DIFERENTES
Antes de desistir da oferta, o grupo italiano divergia, desde junho do ano passado, acerca do novo posicionamento estratégico da marca. Bonomi pretendia tornar as diárias dos resorts mais acessíveis visando o mercado europeu, enquanto o consórcio chinês mira o nicho mais abastado de países emergentes, como a China. O principal argumento do empresário italiano era de que, com a aquisição pelos chineses, a Club Med priorizaria suas operações na Ásia. No entanto, a oferta feita pelo Gaillon Invest II, que inclui o empresário brasileiro Nelson Tanure, deve ampliar a participação do Club Med na América Latina.
Em entrevista ao "New York Times", o líder da Gaillon Invest II, Jiannong Qian, disse que o consórcio está convencido de que a oferta é a única que possibilitará que o Club Med a se tornar líder mundial na indústria de turismo.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 23/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,14% | 125.396 | (17h03) |
Dolar Com. | -0,77% | R$ 5,1290 | (17h00) |
Euro | -0,33% | R$ 5,5224 | (17h01) |