BC diz que avanços alcançados no combate à inflação não são suficientes
O Banco Central sinalizou nesta quinta-feira (29) que continuará a elevar a taxa básica de juros (Selic), ao afirmar que os avanços alcançados no combate à inflação ainda não se mostram suficientes.
A afirmação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) divulgada nesta quinta-feira (29). No documento, a instituição detalha os motivos da decisão da semana passada, quando elevou a taxa básica de juros (Selic) de 11,75% para 12,25%.
"O Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido. Para o Comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à inflação –a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo– ainda não se mostram suficientes", diz o documento.
Ao falar sobre as expectativas, a instituição se refere à queda nas projeções para os próximos anos mostrada pela última pesquisa Focus. Desde a última reunião do Copom, a mediana das projeções para a variação do IPCA em 2015 passou de 6,49% para 6,72%. Para 2016, caiu de 5,70% para 5,60%.
AJUSTES
No documento, o BC volta a falar na importância do ajuste nas contas públicas para ajudar no combate à inflação. A instituição repete que não pode ser descartada a hipótese de contenção fiscal neste ano.
O Copom explica ainda como essa contenção pode colaborar para segurar a alta de preços.
"Especificamente sobre o combate a inflação, o Comitê destaca que a literatura e as melhores práticas internacionais recomendam um desenho de política fiscal consistente e sustentável, de modo a permitir que as ações de política monetária sejam plenamente transmitidas aos preços."
CONFIANÇA
Sobre o crescimento da economia, o BC diz que a expansão da atividade doméstica neste ano será inferior ao seu potencial, mas o ritmo de atividade tende a se intensificar na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortaleça.
A instituição repete que a inflação atualmente se encontrar em patamares elevados (deve chegar a 7% em 12 meses em janeiro), o que reflete, em parte, a ocorrência de dois importantes processos de ajustes, nas tarifas e no câmbio.
"Desde sua última reunião [em dezembro], entre outros fatores, a intensificação desses ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável", diz o BC.
O BC informou ainda que, considerando um câmbio em R$ 2,65 e uma taxa Selic de 11,75% ao ano (valor antes do aumento da semana passada), a projeção para a inflação de 2015 aumentou em relação ao valor considerado na reunião anterior e permanece acima da meta de 4,5%. Para 2016, a projeção permaneceu "relativamente estável" e também acima de 4,5%.
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