Protestos diminuem no país e estão agora em três Estados, diz polícia
O número de interdições nas rodovias federais diminuiu para 13 em três Estados (SC, MT e RS) na tarde deste domingo (1), de acordo com dados da Policia Rodoviária Federal. Na tarde do dia anterior (28), eram 56 interdições em seis Unidades da Federação.
Segundo a corporação, no começo da noite, o Estado com interdições era Santa Catarina, com dez –MT tinha dois bloqueios.
Estado que concentrou a maior parte dos protestos no final de semana e onde um caminhoneiro morreu após ser atropelado por um caminhão, o Rio Grande do Sul chegou zerar o número de manifestações da categoria à tarde, mas um bloqueio foi registrado depois das 20h deste domingo.
Os protestos dos caminhoneiros contra o aumento do diesel e pela alta do valor do frete completaram neste domingo 11 dias, mas perderam a força que teve na semana passada. No auge das manifestações, na quarta (25), a categoria bloqueou 129 trechos em 14 Estados –incluindo SP.
Desde quinta-feira (26), após o governo ter anunciado um acordo com os caminhoneiros, cresceu a repressão contra os atos.
Neste domingo, nove pessoas foram presas no RS, segundo Alessandro Castro, diretor de comunicação da Polícia Federal Rodoviária gaúcha. A repressão cresceu após a morte do caminhoneiro e consequente aumento de bloqueios no Estado.
Duas dessas prisões foram em Camaquã, na BR-116. Segundo Castro, os manifestantes desobedeceram a ordem judicial de desobstruir a pista e incentivaram a desordem pública por estarem coagindo os caminhoneiros a pararem nos postos.
Em Pelotas outros sete manifestantes foram conduzidos à Polícia Federal por incentivo à desordem no km 66 da BR-392.
Ações como a do RS se repetiram em outros Estados. Segundo a diretora geral da corporação, Maria Alice Nascimento, os policiais federais mantêm o monitoramento nas estradas com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública e as polícias estaduais.
"O trabalho continua até o restabelecimento completo do transporte de carga, para garantir o abastecimento da população e a normalidade da atividade econômica", disse Maria Alice, por meio da assessoria da polícia.
COMBOIO PARA BRASÍLIA
Segundo Paulo Estausia, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, o momento agora é de recuar e tentar avançar com as negociações.
No próximo dia 10, está agendada uma reunião com o governo e desembargadores para discutir a revisão do valor do frete, uma das reivindicações da categoria. "Agora vamos esperar os próximos passos, mas os avanços são históricos na pauta da categoria."
Apesar da fala de Estausia, o movimento está dividido e ainda há líderes que defendem a retomada dos protestos nesta segunda-feira (2).
Esses líderes, a maioria do Sul, não reconhecem o acordo anunciado pelo governo na quarta (25).
Carlos Litti, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), diz que há um comboio de caminhões que deve chegar a Brasília nesta segunda (2).
Além da redução no preço do diesel e do aumento do frete, a categoria pede diminuição do pedágio sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 24/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,32% | 124.741 | (17h34) |
Dolar Com. | +0,38% | R$ 5,1487 | (17h00) |
Euro | -0,14% | R$ 5,5142 | (17h31) |