Governo não prevê nova alta de tributos, diz ministro do Planejamento
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, afirmou nesta sexta-feira (6) que "no momento" o governo não prevê aumento de impostos para fechar as contas públicas. As declarações foram dadas em evento para empresários na Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | ||
Nelson Barbosa, em evento em São Paulo onde afirmou que não há previsão de alta de impostos |
"Não vou dizer que está tranquilo mas estamos confiantes que as medias adotadas até agora serão capazes de cumprir a meta de ajuste fiscal. Mas o plano de voo é periodicamente ajustado e as reuniões para discutir as questões orçamentárias acontecem de dois em dois meses.
Neste momento não há previsão de adoção de nenhuma medida adicional. Adotamos as medidas necessárias mas o Congressso é soberano."
SEM META DE CÂMBIO
Em um momento de forte alta do dólar no mercado brasileiro, o ministro disse que o governo não trabalha com uma meta de câmbio, atuando apenas para administrar sua volatilidade.
"Não tenho meta para o câmbio, a gente trabalha com qualquer taxa de câmbio", disse a jornalistas ao ser questionado sobre o dólar no patamar de R$3.
Barbosa disse que com o atual realinhamento do câmbio é possível discutir uma maior integração comercial do país com economias mais avançadas.
Para o ministro, as grandes reservas internacionais, apesar de seu alto custo, dão autonomia à política econômica brasileira, de maneira que "a solução de nossos problemas só depende de nós".
RECUPERAÇÃO NO SEGUNDO SEMESTRE
Barbosa afirmou também que, passada a fase de ajuste fiscal e o cumprimento das metas de superávit primário, a economia deve levar de seis a nove meses para retomar o crescimento.
"O padrão da economia brasileira é de se recuperar rapidamente", afirmou aos empresários. Ele disse acreditar que já no segundo semestre a economia "vai se recuperar", mas "talvez não seja suficiente para voltar para uma variação positiva no ano".
O ministro disse que a superação da crise atual depende mais da política do que da economia e defendeu um pacto de união nacional.
"Não é a primeira vez que enfrentamos uma crise econômica. Mas os desafios que temos hoje são menores do que aqueles que a democracia brasileira enfrentou no passado. Agora é hora da politica, de união e superação", afirmou, ressaltando que a solução dos problemas depende "somente do Brasil".
O país atravessa "algumas dificuldades, mas nosso potencial é maior do que nossos problemas", disse ele.
Com Reuters
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