Levy vê 'forte desacelarada' no início de 2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o resultado do PIB de 2014 mostra que o Brasil estava em uma desaceleração e que agora passa por uma transição, mas que o resultado do ano passado terá como consequência uma "forte desacelerada" no começo de 2015.
Ao defender os ajustes que fez no orçamento, afirmou que o país "vai descobrir daqui a alguns meses, e a gente já tem algumas indicações, que a economia deu uma desacelerada forte no começo do ano porque havia uma série de questões". A maior delas, diz ele, era a incerteza que havia na virada do ano.
Sobre o resultado do ano passado, disse que não houve "grandes surpresas".
O ministro lembrou a desaceleração do segundo trimestre do ano, e culpou o período da Copa, quando, segundo ele "empresas pararam, deram férias e a economia trabalhou em um nível mais baixo enquanto tinham os jogos". Isso influenciou o ano inteiro, afirmou.
Ele apontou que houve um resultado especialmente fraco dos investimentos no ano passado e disse que agora "há um esforço para que a gente veja na segunda metade do ano uma recuperação".
O ministro usou a necessidade de retomar os investimentos para defender os ajustes fiscais que ele tenta executar.
Ele afirmou que as medidas são importantes para que os empresários e "todo mundo que tem que fazer decisões" precisam saber "para aonde o governo está indo, então essa foi a primeira ação".
Ele citou entre as medidas mudanças de regras de direitos trabalhistas e previdenciários e a retomada de impostos como a Cide e o fim da desoneração da folha de pagamentos.
"A ação do governo tem que ter alguns sinalizadores, que são uma referência para todos saberem que as coisas estão em ordem e não vamos ter surpresas ruins. Uma delas é saber que as contas do governo estão em ordem, que o governo não está desequilibrado."
O ministro participou da reunião do conselho do BNDES no Rio de Janeiro, mas não fez nenhum comentário sobre o que foi discutido -ele só afirmou que não foi tomada nenhuma decisão a respeito dos repasses do Tesouro ao banco, que devem diminuir neste ano.
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