Bradesco e Amec disputam vaga de minoritários no conselho da Petrobras
Está em curso uma disputa pelas duas vagas dos acionistas minoritários no conselho de administração da Petrobras. De um lado, a Amec, associação de investidores. Do outro, a Bram, gestora de recursos do Bradesco.
Ambos apresentaram candidatos para o conselho da petroleira, que será eleito em assembleia no dia 29. Pela lei, qualquer acionista tem direito de indicar representantes.
Nesta segunda-feira (13), 14 grandes fundos internacionais enviaram carta para a Petrobras endossando a escolha da Amec.
Com o apoio da Amec, concorrem Walter Mendes, ex-presidente da entidade, e Guilherme Affonso, conhecido por seu ativismo em conselhos. Já a Bram indicou Eduardo Gentil, ex-presidente da Visa, e o advogado Otavio Yazbek.
Segundo a Folha apurou, o receio dos estrangeiros é que a escolha da Bram seja influenciada pelo governo. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi presidente da gestora.
A Bram disse que "exerceu seu direito por considerar importante para a governança da Petrobras".
Os minoritários não barram as decisões do governo na Petrobras, mas têm pressionado por melhor governança. Até 2013, os representantes dos minoritários eram eleitos com apoio de fundos estatais e, em geral, votavam com o governo.
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