Brics querem fazer acordo de ajuda mútua como alternativa ao FMI
Os países que compõem os Brics, o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, definiram em Washington a estrutura de um acordo para a criação do Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês).
De acordo com uma fonte da equipe econômica, a intenção é que todos os detalhes estejam acertados até a próxima reunião dos presidentes dos Brics, em julho, na cidade de Ufa, na Rússia.
O CRA é um fundo de US$ 100 bilhões que poderá ser usado pelos países do bloco em casos emergenciais. A ideia é ter uma fonte de recursos como alternativa ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
A avaliação da equipe econômica é de que o acordo sobre o fundo é uma etapa importante no contexto atual de saída da crise econômica mundial.
As discussões na capital norte-americana duraram três dias e foram coordenadas pelos bancos centrais de Brasil e África do Sul.
A China terá a maior participação entre os membros, com repasse de US$ 41 bilhões. Rússia, Índia e Brasil contribuirão com US$ 18 bilhões e a África do Sul, com US$ 5 bilhões.
A estrutura do CRA contará com um acordo entre bancos centrais composto por 46 artigos –dos quais apenas três ainda precisam ser discutidos. Haverá também um comitê diretor, o braço operacional do fundo e um conselho diretor.
A implementação do arranjo depende de aprovação do Congresso. O projeto está na Câmara dos Deputados.
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