Para crescer, BMW, Audi e Mercedes apostam em versões nacionais de SUVs
Não é por acaso que as três principais marcas de luxo começam (ou retomam, no caso de Audi e Mercedes) sua produção nacional com SUVs compactos: para viabilizar seus investimentos milionários, terão que fabricar carros com volume de vendas significativo -o que os automóveis desse nicho devem garantir pelos próximos anos.
O primeiro deles é o X1, montado na planta que a BMW construiu para atender o mercado nacional. De Araquari, em Santa Catarina, saem também o sedã Série 3 e o hatch Série 1.
No início de 2016 será a vez do Audi Q3, já reestilizado, que seguirá um cronograma iniciado pelo A3 Sedan.
Ainda não há definição sobre pacote de equipamentos e motorização, mas o SUV deve adotar o mesmo conjunto do sedã, abdicando do motor 2.0 turbo (170 a 211 cv) e adotando o 1.4 (que parte de 122 cv), que será flex nos modelos nacionais.
No segundo semestre do próximo ano a Mercedes começa a distribuir as primeiras unidades do GLA nacional, que hoje é importado, assim como o Q3.
PREÇOS SE MANTÊM
Nacionalizar, contudo, não significa baratear os carros. A BMW, por exemplo, diz que os preços atuais já consideram o Inovar-Auto (plano de incentivo à produção local). A exceção talvez seja o Q3, por conta da possível estreia de um motor menor.
A nacionalização trará volumes maiores de vendas, o que talvez faça tais veículos alcançarem o Land Rover Evoque, líder do segmento entre os modelos de luxo.
Partindo de R$ 197,5 mil, o SUV inglês teve 452 unidades vendidas em março, acumulando 1.197 carros no ano.
A Land Rover é outra premium que terá produção nacional, mas já descartou fabricar o Evoque por aqui. Da sua planta em Itatiaia (RJ) sairá primeiro o Discovery Sport, depois o Jaguar XE e, por fim, um modelo inédito.
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