ANÁLISE
Independência da estatal ainda é vigiada pelo governo
Apesar das juras de independência da cúpula da Petrobras, a liberdade da companhia ainda parece vigiada pelo governo federal, seu sócio majoritário.
Em conversas que teve com a presidente Dilma Rousseff, o chefe da estatal, Aldemir Bendine, ouviu o termo "carta branca" em inúmeras ocasiões. A mensagem foi repassada a investigadores e controladores como sinal de "maioridade".
Não é segredo para ninguém o tamanho da intervenção federal no dia a dia da empresa nos últimos anos. Áudios de reuniões sigilosas, antecipados pela Folha, mostraram isso em detalhe.
O auge desse comportamento foi visto justamente nos momentos em que a cúpula da companhia propunha reajustes dos combustíveis para recompor suas perdas de caixa. A reposta positiva nunca vinha, e a Petrobras, gigante internacional, era usada para controlar a inflação por meio da bomba de gasolina.
O governo só soltou as rédeas passadas as eleições de outubro de 2014, e depois de a Petrobras perder o selo de local seguro para se investir.
A "carta branca" de Bendine já foi vista durante as espinhosas negociações para fechar a conta da corrupção no balanço da empresa, uma conta financeira e politicamente salgada de R$ 6,2 bilhões. Essa, ele levou.
Mas a ideia de a Petrobras ser dona do próprio nariz só será de fato certificada no dia em que a diretoria da empresa conseguir aprovar reajuste nos combustíveis no patamar que entender adequado. Não no nível que o Palácio do Planalto impuser.
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