Com melhora na economia, BC dos EUA espera subir juros neste ano
A presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), Janet Yellen, afirmou que a entidade espera elevar os juros neste ano, uma vez que a economia americana caminha para se recuperar dos resultados fracos do primeiro trimestre.
Yellen falou em meio a crescentes preocupações no Fed sobre uma possível volatilidade nos mercados financeiros quando o BC começar a elevar os juros e um desejo de começar a convencer investidores céticos a aceitar o inevitável: dar fim a um período de cerca de seis anos de juros quase zerados.
Stephan Savoia/AP | ||
A presidente do Fed, Janet Yellen, discursa em evento em Rhode Island |
A última vez que o Fed subiu os juros foi em 2006. Nos dois anos seguintes, a entidade levou os juros de 5,25% para o patamar atual (de 0% a 0,25%), em uma tentativa inicialmente de impedir uma desaceleração forte do maior PIB global e, a partir de 2008, para revitalizar a economia após a maior crise desde a Grande Depressão.
A presidente do Fed disse esperar que os dados econômicos dos EUA ganhem força e ressaltou que parte da fraqueza no início do ano pode se dever a "ruído estatístico".
Apesar de afirmar que a perspectiva para a economia é sempre altamente incerta e citar a inflação persistentemente baixa, Yellen afirmou que adiar o aperto monetário até que o emprego e a inflação atinjam as metas do banco central ameaçaria superaquecer a economia.
"Por esse motivo, se a economia continuar a melhorar como espero, acredito que será apropriado em algum momento neste ano dar o passo inicial para elevar a taxa de juros", disse Yellen.
Ela repetiu avaliação que apresentou em março de que quando o Fed começar a elevar os juros o processo provavelmente será gradual.
IMPACTO NO REAL
No Brasil, a indicação de Yellen de que o BC americano vai subir os juros neste ano fez o dólar ganhar força em relação ao real e se aproximar da casa dos R$ 3,10.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,04% sobre o real, cotado em R$ 3,070 na venda. Na semana, houve alta de 2,74%. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 1,67% no dia e 3,24% na semana, para R$ 3,095.
Uma alta do juro americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em mercados emergentes (que têm juros mais altos, mas são consideradas mais arriscadas), provocando uma saída de recursos dessas economias.
A menor oferta de dólares tenderia a pressionar a cotação da moeda americana para cima em mercados emergentes –no Brasil, inclusive.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 23/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,33% | 125.148 | (17h33) |
Dolar Com. | -0,77% | R$ 5,1290 | (17h00) |
Euro | -0,33% | R$ 5,5224 | (17h31) |