Dilma é traída por 3 petistas em votação de benefícios trabalhistas
Apesar de ter cedido em alguns pontos, o governo enfrentou traições do próprio PT na votação do Senado que aprovou a MP 665, que dificulta a concessão de seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso.
Expoentes desse fogo amigo, os senadores Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) votaram contra a matéria, assim como Walter Pinheiro (BA).O placar foi de 39 votos a favor e 32 contra a medida provisória.
Moreira Mariz - 20.mai.2015/Agência Senado | ||
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que votou contra a restrição a benefícios trabalhistas |
Segundo governistas ouvidos pela Folha, as resistências se deram pela sinalização da presidente Dilma Rousseff de que não vetaria o trecho da medida que define pagamento proporcional ao tempo de trabalho do abono salarial.
Senadores argumentam que o benefício de um salário mínimo integral está previsto Constituição e que a alteração acabaria chegando ao STF (Supremo Tribunal Federal).
No entanto, para conter as dissidências no Senado, Dilma acenou que vetará a carência de três meses para acesso ao abono, mecanismo que foi estabelecido pela própria versão original da MP. Com isso, volta a regra atual de exigência de um mês trabalhado para ter o direito ao benefício.
O governo trabalhou para que a medida não fosse alterada no Senado pois, nesse caso, teria que voltar à Câmara dos Deputados para nova votação e correria o risco de perder a validade. O prazo final para votação é o dia 1º de junho.
ESTERCO
A sessão de votação foi suspensa por alguns minutos quando manifestantes da Força Sindical, usando máscaras de Dilma Rousseff, entoaram gritos contra a presidente e "Fora PT".
No fim da tarde, durante a discussão da medida, sindicalistas da CUT jogaram esterco na passagem dos carros oficiais dos senadores.
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