Brasil fica até 2050 parado como 7º maior economia do mundo, diz estudo
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Dilma e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang; Brasil fica em 7º até 2050, e China passa EUA em 2026 |
O Brasil não sairá do lugar até 2050 no ranking das maiores economias do planeta: estava em 7º lugar em 2014 e nele permanecerá dentro de 35 anos, diz estudo da EIU (Unidade de Inteligência da "Economist", a icônica revista britânica).
Se serve de consolo para a estagnação, na comparação com os outros grandes países, o PIB brasileiro dará um bom salto, passando dos US$ 2,3 trilhões de 2014 para US$ 10,3 trilhões) –cinco vezes mais portanto.
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Mas é um pulinho, se comparado, por exemplo, com a Índia, o país que mais avançará no período, sempre segundo a EIU: a economia indiana (US$ 2,055 trilhões em 2014) aumentará, em média, 5% ao ano, para estabelecer-se em terceiro lugar no planeta, com US$ 63 trilhões –30 vezes mais, aproximadamente.
O relatório comprova o que a maioria dos analistas vêm dizendo: o século 21 será o século da Ásia, pelo menos até a sua primeira metade.
Das cinco maiores economias em 2050, só uma (Estados Unidos, no segundo lugar) não é asiática.
A China, como vem sendo igualmente previsto, passará os Estados Unidos em 2026 e se consolidará no primeiro lugar em 2050.
Depois dela, virão Estados Unidos, Índia, Indonésia e Japão, pela ordem.
A evolução da Ásia fará com que esse continente represente, em 2050, a maior fatia da economia global (53% exatamente).
Mas é preciso cuidado com os dados do PIB nominal, que são os utilizados no ranking da EIU: em matéria de poder de compra, continuarão mais poderosas as economias que hoje são consideradas avançadas (as ocidentais, de modo geral, lideradas pelos Estados Unidos).
A China, por exemplo, mesmo em primeiro lugar na tabela de PIB, terá apenas a metade do poder de compra dos norte-americanos.
Mas é um avanço considerável, se se considera que, em 2014, os chineses podiam comprar apenas 14% do que consumiam os norte-americanos.
A concentração da riqueza entre os países será acentuada: em 2050, cada um dos três primeiros (China, EUA e Índia), isoladamente, terá um PIB maior do que o dos cinco países seguintes na lista conjuntamente.
Ou, posto de outra forma: a China será mais rica do que Indonésia, Japão, Alemanha, Brasil e México somados.
Por falar em México, é o único outro país latino-americano a aparecer entre os 10 primeiros. Ocupará o 8º lugar, logo atrás do Brasil, portanto. Em 2014, não aparece nos "top ten".
Outro dado relevante do estudo é a redução no ritmo de crescimento populacional: de 1980 a 2014, a população dos 82 países pesquisados aumentou na média do período 1,3%. De agora em diante e até 2050, crescerá apenas 0,5%, sempre na média.
O levantamento chama-se "Perspectivas Macroeconômicas de Longo Prazo - Tendências para 2050".
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Atualizado em 17/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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