Eurogrupo se reúne em Bruxelas e exige 'propostas sérias' da Grécia
Os ministros das Finanças do Eurogrupo estão reunidos em Bruxelas desde 13h (8h em Brasília) para estudar as propostas do governo grego para resolver a crise aberta com a interrupção das negociações no último dia 27 e o plebiscito do último domingo (5), no qual 61% dos eleitores gregos rejeitaram a política de austeridade.
A expectativa é a de que o governo do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras apresente propostas "sérias" e "confiáveis" para um terceiro programa de resgate da economia de seu país, segundo as palavras usadas pela maioria dos participantes ao chegar para a reunião dos líderes das 19 economias que compõem a zona do euro.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que a permanência ou não da Grécia na zona do euro vai depender do que o governo Tsipras oferecer. Segundo ele, sem um programa de reformas "não há possibilidade de ajudar a Grécia dentro do marco da zona do euro".
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O vice-presidente para o euro da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que "se a confiança não for reconstruída, se não houver um programa com credibilidade", a saída da Grécia da zona do euro não está descartada.
O Eurogrupo reúne os ministros das Finanças dos países da zona do euro mensalmente. Esta é uma reunião de emergência, que contará com a presença de chefes de Estado e de governo a partir das 17h (12h em Brasília).
A saída da Grécia, apelidada de "grexit", uma combinação do nome do país com a "exit" (saída em inglês), ainda continua sendo rejeitada por dirigentes de outros países do grupo.
O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse que a saída da Grécia da zona do euro "não é uma solução desejada por ninguém". De Guindos afirmou que é urgente um acordo, mas que pré-condições têm que ser respeitadas, referindo-se a um compromisso do governo grego com um programa de austeridade fiscal.
O novo ministro das Finanças da Grécia, Euclides Tsakalotos, que tomou posse na noite de segunda em substituição a Yanis Varoufakis, estreia hoje na condução das negociações em situação extremamente adversa.
A Grécia adotou controle de capitais na semana passada. Desde 29 de junho, cada grego só tem direito a sacar € 60 nos caixas automáticos. O feriado bancário foi estendido pelo menos até quinta-feira (9) e os gregos não sabem quando o dinheiro pode acabar.
Na noite desta segunda (6), o Banco Central Europeu se negou a estender a assistência emergencial de liquidez aos bancos gregos.
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