Decisão sobre 13º do INSS reabre disputa dentro do governo
Rahel Patrasso/Xinhua | ||
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defensor da não antecipação do 13º |
A decisão do Ministério da Fazenda de não antecipar metade do pagamento do 13º salário de 32 milhões de beneficiários da Previdência abriu uma guerra interna na Esplanada.
Ministros do PT e a própria cúpula do partido entraram em cena para tentar demover a presidente Dilma de acatar a decisão.
Uma ala do governo buscava garantir para setembro o pagamento de parte do 13º, já que a folha de agosto está fechada e rodar outra extraordinária geraria mais custo.
O argumento é que é injusto adotar uma medida como essa sem ter informado os beneficiários com uma "antecedência razoável". Há nove anos, a antecipação de parcela do abono, não obrigatória, é feita em agosto.
Segundo a Folha apurou, a presidente pediu à sua equipe econômica estudos para uma possível alternativa.
A ala contrária à medida argumenta que o pagamento terá de ser feito em dezembro de qualquer forma e, por isso, não há "sentido econômico" de uma pauta com tanto desgaste, pois o impacto fiscal é o mesmo.
A crítica foi feita nesta segunda, por ministros e líderes partidários. Levy defendeu a decisão dizendo que, neste momento, não há dinheiro em caixa para bancar a antecipação do pagamento.
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