Banco Central da China corta juros e libera bancos para emprestarem mais
Wu Wei/Xinhua | ||
Homem caminha em frente a estátua de touro em Pequim |
O banco central da China reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de depósito compulsório —o valor que os bancos são obrigados a reter como reserva— pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira (25), aumentando o apoio à economia fraquejante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo.
As Bolsas europeias abriram com leve alta e responderam positivamente após o anúncio das medidas, em especial as ações de mineradoras. Às 9h45, Londres tinha alta de 2,88%, para 6.069 pontos; Frankfurt, de 4,40%, para 10.073 pontos; Paris, de 4,51%, para 4.580 pontos; Madri, de 3,74%, para 10.121 pontos; e Milão, de 4,74%, para 21.418 pontos.
Com as reduções, a taxa de juros para empréstimos passará a ser de 4,6% ao ano, vigente já a partir desta quarta (26). A taxa de depósito cairá para 1,75% anuais.
Além disso, a taxa do depósito compulsório foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 18,0%, para a maioria dos grandes bancos —em vigor a partir de 6 de setembro.
Segundo o jornal americano "Wall Street Journal", que adiantou na segunda o movimento do governo chinês, a queda de 0,5 ponto percentual do compulsório potencialmente disponibiliza 678 bilhões de yuans (US$ 106,2 bilhões) para os bancos emprestarem.
Um dos principais motivos imediatos para o desabamento de 8,5% na Bolsa de Xangai desta segunda-feira havia sido a falta do anúncio de um novo pacote de estímulos durante o final de semana, que se seguiu a uma semana de queda de 11,5% nas Bolsas.
Na ausência de novas medidas por parte do governo até o fechamento do pregão desta terça, que fecha antes por causa do fuso-horário, o principal índice da Bolsa de Xangai encerrou o dia em queda de 7,63%, impactando o resto das Bolsas asiáticas. Desde seu pico, em 12 de junho, a queda acumulada da Bolsa de Xangai é de 42%.
DESACELERAÇÃO
A perda de valor das ações segue sinais de desaceleração da economia chinesa, cujo PIB aumentou 7% no segundo trimestre de 2015 —o crescimento de 7,4% em 2014 já havia sido o menor desde 1989.
A desconfiança sobre o país aumentou após o Banco Central chinês ter flexibilizado a cotação da moeda no dia 11 de forma que o yuan se tornasse mais suscetível às variações de mercado. Desde então, a instabilidade gerada fez com que os mercados de ações globais perdessem mais de US$ 5 trilhões em valor.
Naquele dia, a taxa de referência para a variação do preço da moeda foi desvalorizada em 2%, o que significou uma desvalorização de fato de 1,81% do yuan. Foi a maior depreciação da moeda desde o fim do câmbio fixo, em 2005. Ela foi seguida por mais dois dias de quedas.
Apesar de o governo chinês classificar a desvalorização como pontual, o mercado levantou a suspeita de que ela duraria mais tempo, e indicava uma forte preocupação com a desaceleração da economia do país -um yuan mais fraco tende a tornar os produtos do país mais baratos para o resto do mundo e, consequentemente, a aumentar as exportações.
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