Bolsa de Xangai volta a fechar em baixa mesmo após China cortar juros
Zhang Yixi/Xinhua | ||
Investidor observa painel da Bolsa em corretora em Luoyang, na província de Henan |
A Bolsa de Xangai encerrou a sessão desta quarta-feira (26) em queda de 1,27%, apesar do corte das taxas de juros na China, que não foi suficiente para dissipar a inquietação dos investidores e inverter a tendência de baixa.
O índice principal perdeu 37,68 pontos, a 2.927,29 unidades. Na segunda-feira, a queda foi de 8,5% e na terça-feira, 7,63%.
A praça registrou muita volatilidade durante a sessão: no início chegou a perder 3,05% e durante o dia chegou a operar em alta de 4%, antes de retornar para o resultado negativo.
As quedas ocorrem mesmo após o banco central da China anunciar na terça-feira um corte nas taxas de juros de referência e reduzir o nível das reservas obrigatórias para os bancos, medidas que não foram suficientes para convencer o mercado asiático.
Variação da Bolsa de Xangai em 2015 - Em pontos
O Banco do Povo da China reduziu a taxa de empréstimo de um ano em 0,25 ponto percentual, para 4,6%. Além disso, cortou a taxa de depósito de um ano em 0,25 ponto percentual, enquanto o teto para taxa de depósitos a prazo acima de um ano foi eliminado para liberalizar ainda mais o mercado chinês de taxa de juros.
A autoridade monetária também cortou a taxa de compulsório em 0,5 ponto percentual, a 18%, para a maioria dos grandes bancos. A mudança terá efeito a partir de 6 de setembro.
Na Europa, as mudanças foram bem recebidas na terça, mas surtem menos efeito nesta quarta, seguindo a falta de entusiasmo na Ásia. O principal índice europeu de ações FTSEurofirst, que corre o risco de registrar sua pior performance mensal desde 2002 e teve na segunda-feira sua queda mais acentuada desde novembro de 2008, fechou a terça em alta de mais de 4%, sua melhor performance desde o final de 2011.
No Brasil, o Ibovespa respondeu bem às medidas chinesas, mas fechou em alta de apenas 0,47% e forte alta do dólar, que foi a R$ 3,60, devido ao cenário político interno.
Nesta quarta, no entanto, as principais Bolsas do continente europeu abriram em leve queda. às 9h02, Londres registrava perda de 0,47%, Paris, 0,81%, Frankfurt, 0,79%, Milão, 0,77%, e Madri, 0,76%.
Muitos investidores seguem preocupados com o sinais da desaceleração econômica da China e de pressões deflacionárias resultantes da depreciação cambial promovida por Pequim no começo de agosto.
Ações de mineradoras caíam acentuadamente novamente, com o preço do cobre em baixa devido à perspectiva de desaceleração da demanda chinesa, que é a maior consumidora mundial de metais, enquanto os bancos recuavam por causa de sua exposição à venda generalizada do mercado.
No Japão, a Bolsa de Tóquio se recuperou e encerrou a sessão desta quarta em forte alta de 3,20%. O índice Nikkei ganhou 570,13 pontos, a 18.376,83 unidades. Nas seis sessões anteriores, a Bolsa japonesa registrou queda acumulada de 13%.
FECHAMENTO DAS BOLSAS ASIÁTICAS
Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 3,20%, para 18.376 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,52%, para 21.080 pontos.
Em Xangai, o índice SSE perdeu 1,30%, para 2.926 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 0,57%, para 3.025 pontos.
Em Seul, o índice Kospi teve valorização de 2,57%, para 1.894 pontos.
Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 0,52%, para 7.715 pontos.
Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,46%, para 2.873 pontos.
Em Sydney o índice S&P/ASX 200 avançou 0,69%, para 5.172 pontos.
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