Pré-sal é viável a preços atuais do petróleo, diz IBP
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, afirmou nesta terça (6) que a exploração do pré-sal se mantém viável nos preços atuais, mas a indústria precisa se esforçar para cortar custos.
"O pré-sal se sustenta economicamente em cenários de preços deprimidos, como estão prevendo os analistas para os próximos anos, e pode ficar ainda mais robusto se o país ganhar competitividade", disse Camargo, que já foi diretor financeiro da Petrobras e presidente da filial brasileira da norueguesa Statoil.
A Petrobras não tem falado abertamente sobre os custos de produção do pré-sal, limitando-se a projetar um preço de corte em torno de US$ 40 por barril. Nas últimas semanas, o petróleo vem oscilando em torno dos US$ 45 por barril.
Camargo afirmou, porém, que a crise pode ser uma boa oportunidade para a redução de custos na indústria do petróleo, que explodiram durante os anos de preços altos.
"Corte de custos é a palavra de ordem, além de disciplina de capital e mais inovação", respondeu o executivo, quando questionado sobre as medidas necessárias para enfrentar a crise.
Ele disse não acreditar que os preços baixos sejam fator preponderante na atratividade da 13ª rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), marcada para esta quarta (7).
"As empresas olham para o longo prazo, não estão olhando para o presente. Então, a avaliação está mais focada no potencial geológico e no modelo regulatório", argumentou.
A ANP vai oferecer 266 blocos em 10 bacias sedimentares brasileiras.
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