Gasolina e etanol subiram mais na Grande SP do que em outras regiões
A região metropolitana de São Paulo foi a que apresentou a maior alta no preço da gasolina e do etanol em outubro entre 12 regiões pesquisadas, informou o IBGE nesta sexta-feira (6).
A gasolina ficou 6,21% mais cara em São Paulo no mês passado, acima do avanço médio do preço do produto, que foi de 3,83%, segundo os dados do IBGE.
Curitiba teve o segundo maior aumento de preços, com alta de 6,12%. Logo atrás vem Belo Horizonte (5,93%). Já as menores variações foram em Recife (1,70%) e Vitória (1,72%).
O aumento dos preços nas bombas foi reflexo do reajuste de 6% promovido pela Petrobras nas refinarias, em vigor desde 30 de setembro deste ano.
Inflação - Variação do IPCA, em %
Apesar de sofrer o maior aumento, São Paulo tem o segundo menor preço do litro da gasolina pesquisado pelo IBGE, de R$ 3,27. O preço é menor apenas em Campo Grande (3,26%).
"Algumas redes de postos podiam estar dando descontos que foram retirados após o reajuste, explicando o aumento. São Paulo também tem preço por litro abaixo de outras cidades", disse Eulina Nunes, coordenadora de índice de preços do IBGE.
Quedas e altas - Maiores mudanças de preços em out.2015, em %
No caso do etanol, os consumidores da região metropolitana de São Paulo perceberam um aumento de 14,99% no preço do produto, acima da média de 12,29% nas demais regiões.
"Com aumento da gasolina, tem uma tendência de mais pessoas procurarem etanol, o que gera uma pressão de demanda", disse Eulina Nunes, coordenadora dos índices de preços do IBGE.
O IBGE acompanha os preços da etanol na bomba, o chamado álcool hidratado. O álcool anidro, que é misturado à gasolina, não tem preço acompanhado pelo instituto.
O etanol também subiu forte em Curitiba (12,14%), Porto Alegre (11,87%) e Campo Grande (11,31%) em outubro. A alta também foi menor em Recife (2,85%).
Inflação nas regiões - Variação acumulada em 12 meses, em %
REGIÕES
Em cinco regiões acompanhadas pelo IBGE a inflação está acima da marca de 10% no acumulado dos últimos 12 meses: Curitiba (11,52%), Goiânia (11,19%), Porto Alegre (10,49%), São Paulo (10,45%) e Fortaleza (10,02%).
Curitiba lidera porque houve reajuste no ICMS no Estado do Paraná, o que deixou mais caro para os consumidores uma relação de mais de 9.000 produtos, segundo IBGE.
No Rio de Janeiro, a inflação apenas acompanha a média nacional, com taxa de 9,90%.
Inflação - Por grupos, segundo o IPCA no mês de outubro.2015, em %
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