BC dos EUA reforça alta dos juros em dezembro, apesar de preocupações
Jose Luis Magana/Associated Press | ||
A presidente do Federal Reserve (banco central americano), Janet Yellen |
As condições necessárias para uma elevação da taxa de juros dos Estados Unidos podem ser atingidas já em dezembro. É o que aponta a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), realizada nos dias 27 e 28 de outubro, e divulgada nesta quarta-feira (18).
"A maioria dos membros [do comitê de política monetária] afirmaram que, com base em sua avaliação sobre a situação econômica atual e a perspectiva futura para a atividade, o mercado de trabalho e a inflação, essas condições podem muito bem ser atingidas até a próxima reunião", afirma o documento. O último encontro do Fed em 2015 será realizado nos dias 15 e 16 de dezembro.
Por isso, o comitê de política monetária decidiu incluir no comunicado divulgado logo após o encontro uma menção clara à possibilidade de aumento já na reunião seguinte.
Para tomar uma decisão sobre a taxa, o Fed observa o estado do mercado de trabalho e as projeções para a inflação, que precisa atingir, no longo prazo, a meta de 2%. Neste mês, o Departamento do Trabalho divulgou que a taxa de desemprego nos EUA chegou a 5% em outubro, o menor patamar desde abril de 2008. A renda dos trabalhadores também subiu.
O debate sobre o aumento dos juros americanos, que estão perto de zero desde dezembro de 2008, movimenta os mercados financeiros desde o início do ano.
A tendência é que, com o aumento, parte do dinheiro que hoje está nos mercados emergentes (inclusive o Brasil) rume para os EUA, em busca do rendimento e da maior segurança da economia americana.
A expectativa de alta foi adiada diversas vezes ao longo do ano. Inicialmente prevista para junho, a decisão foi postergada devido à fraqueza da economia global, que pode afetar o desempenho das exportações americanas e ainda reduzir as projeções de inflação.
A ata da reunião mostra ainda que, mesmo que os juros sejam elevados já neste ano, eles devem permanecer abaixo dos níveis considerados normais.
"O comitê reiterou a expectativa de que, mesmo depois que o emprego e a inflação estiverem perto dos níveis almejados, as condições econômicas podem, por algum tempo, justificar a manutenção dos juros abaixo dos níveis considerados normal no longo prazo", diz o documento.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 24/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,32% | 124.741 | (17h34) |
Dolar Com. | +0,38% | R$ 5,1487 | (17h00) |
Euro | -0,14% | R$ 5,5142 | (17h31) |