Agências levam turistas para viagens a cenários de séries e filmes clássicos
Empresários brasileiros investiram na paixão do consumidor "geek" por tudo relacionado a séries, filmes e livros para criar agências de turismo com pacotes específicos para quem quer conhecer os cenários dessas obras.
Alexandre Chaves, 45, inaugurou em dezembro passado a agência on-line Epic Turismo. A ideia para o negócio veio depois de não terem encontrado no mercado uma empresa que oferecesse esse tipo de serviço.
A Epic tem roteiros como o King's Landing, que leva os aficionados por "Game of Thrones" ao cenário de filmagem da série na Croácia; o 300 de Esparta, que tem como destino a Grécia, além de viagens aos parques da Disney nos EUA para fim de semana temático de "Star Wars".
Os preços para viagens entre quatro e seis noites, sem passagem aérea, ficam em torno de 1.500 a 2.000 euros (R$ 6.000 a R$ 8.000).
A recente desvalorização do real, contudo, levou Chaves a repensar a estratégia do negócio. A viagem para conhecer os locais de filmagem de "O Hobbit", na Nova Zelândia, está desenhada, mas seu lançamento foi adiado.
No lugar, o empresário está criando alternativas nacionais, como a que levará amantes de jogos de RPG e de tabuleiro para um fim de semana em um hotel com temática medieval no interior do Estado de São Paulo.
DE BLOG A EMPRESA
Bruno Tomasine, 27, também decidiu usar a paixão por destinos "geeks" para criar roteiros de viagens.
Ele lançou o site Trilha Nerd, no ar desde setembro, para compartilhar informações sobre esse tipo de viagem. Pouco depois, uma operadora propôs oferecer os pacotes desenhados pela equipe. "Foi muito mais rápido do que podíamos planejar."
As vendas devem começar no primeiro semestre de 2016 e vão incluir rotas como o cenário de "Piratas do Caribe", na República Dominicana e em Porto Rico, e do jogo "GTA - Grand Theft Auto V", em Los Angeles (EUA).
"Não seremos uma agência apenas on-line. Pretendemos ter lojas físicas também", diz Tomasine.
Para Edmar Bull, vice-presidente da Associação Brasileira de Viagens (Abav), os empresários podem se diferenciar no setor por serem, eles próprios, profundos conhecedores da cultura pop.
Mas tal grau de especialização oferece seus riscos. "É preciso, antes de qualquer coisa, investigar se o nicho sustenta o negócio", afirma.
No ano passado, o setor de agências de viagens não cresceu no país. Para 2015, a previsão é de aumento de 5%.
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