Substituto de Levy não pode abandonar aperto fiscal, avaliam assessores
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) em entrevista coletiva |
O novo ministro da Fazenda não pode ser alguém que abandone o aperto fiscal em curso, mas deve fazer ajustes na sua dose para evitar que o remédio acabe matando o paciente. Além disso, seria ideal que agradasse os grupos de esquerda que apoiam a presidente Dilma na sua luta contra o processo de impeachment.
Este é o perfil do substituto de Joaquim Levy que assessores próximos à presidente Dilma têm defendido junto a ela. O hoje ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, poderia preencher estes requisitos. Além dele, um novo nome defendido por setores ligados ao ex-presidente Lula é o do ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que também poderia incorporar esta filosofia.
Defensores do nome de Jaques Wagner dizem que ele poderia aliar a habilidade política com a montagem de uma equipe econômica de peso para dar ao Ministério da Fazenda a mesma dinâmica implementada por Antonio Palocci no primeiro mandato de Lula.
No caso de Nelson Barbosa, as restrições a seu nome, hoje, já estariam praticamente superadas. Os críticos do ministro do Planejamento diziam que, se ele viesse a ocupar o Ministério da Fazenda, o país perderia o grau de investimento, o dólar daria um salto e a inflação iria para dois dígitos.
Um assessor da presidente diz que tudo isto já aconteceu e, agora, Nelson Barbosa poderia assumir com o discurso e um plano para consertar os estragos já feitos na economia neste ano.
O nome do ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) também é citado como candidato a substituir Levy e preencheria outro tipo de requisito, agradar o setor empresarial e entrar também com um discurso de manter o ajuste fiscal, mas fazer acertos na sua dose.
Segundo assessores presidenciais, Dilma precisa aproveitar a saída de Joaquim Levy para montar uma equipe econômica mais afinada, que dê sinais claros de como o país vai sair da crise na economia. Isto porque, dizem estes auxiliares, uma sinalização de que o país vai se recuperar economicamente será fundamental para a presidente superar a batalha do impeachment.
"Ganhamos tempo na batalha do impeachment com a decisão favorável do STF, agora temos de fazer a nossa parte, mostrar que o governo, a presidente Dilma, tem as condições para tirar o país da recessão. É isto que vai mantê-la no Palácio do Planalto", disse à Folha um ministro reservadamente nesta manhã de sexta-feira (18).
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