Após troca de ministros, Dilma chega à cúpula do Mercosul sem Venezuela
Era pouco mais de 10h em Assunção quando a presidente Dilma Rousseff chegou à cúpula do Mercosul.
"Está feliz com a saída de Levy?", perguntou a repórter brasileira a presidente, logo na entrada.
Até então sorridente, Dilma virou o rosto.
O assunto parece não agradar a presidente. Outro tema que parece ter o dissabor de Dilma é a divergência com os sócios sobre a Venezuela.
Argentina e Paraguai defendem uma posição mais crítica do bloco sobre a prisão de políticos opositores no país governado por Nicolás Maduro e pressionaram pela inclusão do tema na declaração conjunta dos presidentes.
O venezuelano cancelou a participação na cúpula noite deste domingo (20). Alegou problemas domésticos, mas em Assunção sua ausência – inusual nas cúpulas Mercosul – foi interpretada como uma reação a inciativa dos sócios.
Por esforço dos presidentes da Argentina Mauricio Macri e do Paraguai Horácio Cartes, o Mercosul aprovou a criação de uma comissão de monitoramento dos direitos humanos no bloco, um fórum que acompanharia a situação do país.
Mas não conseguiram convencer Maduro a aderir ao protocolo de Assunção, de compromisso com os direitos humanos, o que permitiria que o país pudesse sofrer sanções, como a suspensão do Mercosul.
O assunto expôs a divergência dos sócios sobre o tema, uma vez que o Brasil resiste em aprovar sanções contra a Venezuela.
Dilma participa da cúpula do Mercosul, ao lado dos presidentes Horácio Cartes (Paraguai), Mauricio Macri (Argentina), Tabaré Vázquez (Uruguai) e Evo Morales (Bolívia).
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