Fundo de investimento americano processa Petrobras por Sete Brasil
O fundo americano de investimento EIG abriu um processo contra a Petrobras nos Estados Unidos em que responsabiliza a estatal pela perda de US$ 221 milhões (R$ 873 milhões) que investiu na Sete Brasil, empresa criada para construir e alugar sondas de exploração para a estatal.
O EIG é o primeiro sócio da Sete Brasil a entrar na Justiça americana contra a Petrobras, que é mentora, acionista e também o único cliente da companhia.
O fundo afirma ter entrado no negócio de sondas porque confiava na estatal brasileira e alega que o projeto agora naufragou por causa do esquema de corrupção e pagamento de propinas escondido na petroleira e descoberto pela Operação Lava Jato.
O processo nos Estados Unidos deve esquentar ainda mais a reunião de acionistas marcada para esta sexta (26), em que será avaliado o possível pedido de recuperação judicial da Sete Brasil.
Se essa opção for aprovada, também devem discutir uma ação indenizatória contra a estatal, a exemplo do que o fundo americano já fez por conta própria.
Além do EIG e da Petrobras, são sócios da Sete Brasil os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, fundos de pensão de estatais como Petros, Funcef, Previ e o fundo de investimento FI-FGTS. Esse grupo investiu mais de R$ 8 bilhões na empresa e agora corre o risco de perder tudo.
A maior parte do dinheiro da Sete viria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que abandonou o projeto depois da Lava Jato.
Com a recessão, a queda no preço do petróleo e enfrentando sua crise particular, a Petrobras, que tinha se comprometido a alugar 28 sondas da companhia pelo prazo de 15 anos, voltou atrás.
Na semana passada, a estatal disse à Sete que agora quer alugar dez sondas, por cinco anos, renováveis por mais cinco. A petroleira também quer reduzir o valor de aluguel de cada sonda de cerca de US$ 400 mil para menos de US$ 300 mil por dia.
Nesta semana, a direção da empresa enviou uma mensagem aos sócios em que classifica a proposta da Petrobras como "inviável". A Sete Brasil deve mais de R$ 17 bilhões.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A maior parte dos acionistas da Sete quer levar a empresa à recuperação judicial, na tentativa de diminuir um pouco o prejuízo.
No mês passado tentaram partir para esse caminho, mas a proposta foi barrada pelo Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras) e pelo Santander, que votaram contra.
Pelo peso de sua participação acionária, 18% do fundo de investimentos que controla a Sete, o Petros conseguiria repetir a dose e rejeitar a nova proposta sozinha.
Procurados, EIG, Petrobras, Petros e Sete Brasil não quiseram se pronunciar.
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Atualizado em 17/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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