Romero Jucá diz que criação da CPMF não é primeira opção do governo
Pedro Ladeira - 5.abr.16/Folhapress | ||
Romero Jucá, ministro do Planejamento, disse que criar novo imposto não é a primeira opção do governo |
O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou na manhã desta terça-feira (16) que criar um novo imposto não é a primeira opção do governo.
De acordo com ele, o governo tomará outras medidas, como o corte de gastos, antes de lançar mão da criação, por exemplo, da CPMF.
"O que temos dito é que criar impostos não é a primeira opção do governo. Antes de discutir criação de impostos, o governo precisa fazer o dever de casa: cortar gastos, animar a economia, ajustar a legislação, recuperar a segurança jurídica, a credibilidade, ter condição de dar previsibilidade aos setores econômicos para fazer investimentos. Portanto, a discussão de uma transição com algum tipo de imposto poderá ser necessária, mas será dita no momento apropriado pelo coordenador da equipe econômica, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda)", disse.
Questionado sobre divergências no tema no governo —depois de Meirelles defender a criação de um novo imposto, Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, disse que não era o momento de recriar a CPMF, Jucá disse que a questão não é "ser contra ou a favor" da medida.
"A questão é ser compatível com a realidade, com a expectativa e com a forma de melhorar a economia. Precisamos arrumar o crescimento, encaminhar questões econômicas, enfim. Acho que num primeiro momento a discussão não é criar impostos, é fazer os ajustes", disse.
Segundo Jucá a discussão sobre o tema "será feita no momento apropriado".
Jucá participou na manhã desta terça da 28ª edição do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.
Sobre corte de gastos, Jucá reafirmou o desejo do governo de cortar até dezembro quatro mil cargos comissionados.
Ele afirmou que o objetivo é ampliar essa margem, sem especificar um número exato.
"Não é só corte de gastos. É a racionalização das despesas, a melhoria da governança e a modernização da máquina."
Ele lembrou que há pelo menos 20 mil funções gratificadas no Executivo. Segundo ele, o governo tem 51 mil formas de gratificar e contratar pessoas. Todas esses cargos passarão por avaliação, afirmou.
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