Polícia revista escritórios do Google em Paris por suspeita de fraude fiscal
Eric Gaillard/Reuters | ||
Polícia francesa revista escritórios do Google em investigação de fraude fiscal |
A polícia francesa revistou nesta terça-feira (24) escritórios do Google em Paris dentro de uma investigação de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, afirmou o escritório da promotoria nesta terça-feira (24).
O jornal francês "Le Parisien" afirmou que cerca de cem investigadores fazem parte da operação.
As autoridades cobram do gigante de tecnologia € 1,6 bilhão em impostos que consideram que não foram pagos, segundo uma fonte próxima da investigação. O valor não foi confirmado pelo Ministério das Finanças francês.
O Google disse estar cooperando com as autoridades. "Nós cumprimos integralmente as leis francesas."
As investigações acontecem no momento em que a França e outras autoridades europeias tentam verificar como empresas americanas e outras multinacionais usariam esquemas de planejamento tributário para enviar lucros ao exterior para declará-los em jurisdições com menores taxas de impostos.
A sede do Google na Europa fica localizada na Irlanda, país que tem uma das menores alíquotas de impostos sobre empresas da União Europeia (12,5%).
A Comissão Europeia está conduzindo uma investigação mais ampla entre governos do bloco que estariam oferecendo subsídios ilegais a empresas multinacionais, incluindo Apple, Amazon e McDonald's.
Em um dos muitos casos recentes relacionados ao assunto, o ministério das finanças francês enviou à sede do McDonald's no país uma conta com tributos não pagos. As autoridades do país indicaram que a empresa pagou a afiliada de Luxemburgo por alguns serviços –incluindo o uso de sua marca. Com isso, os lucros taxáveis da companhia teriam ficado maiores.
Reportagens indicam que o valor a ser pago chega a € 300 milhões, incluindo € 100 milhões de multas.
Em janeiro, o Google anunciou que aceitou pagar 130 milhões de libras em impostos devidos à Inglaterra, o que causou críticas de legisladores, que afirmaram que o valor do acordo foi "ridículo" devido ao tamanho dos negócios da empresa gerados no país.
Michel Sapin, ministro das Finanças britânico, disse que a quantia que o Google deveria pagar ao governo francês seria "bem maior" do que o acordado.
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