Centrais querem 'refazer as contas' da Previdência e melhorar gestão
Jorge Araujo - 1°.mai.2016/Folhapress | ||
O presidente da Forca Sindical Paulinho Pereira da Silva |
As centrais sindicais decidiram não munir o governo com propostas para a reforma da Previdência.
Em reunião nesta segunda-feira (30), em São Paulo, Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central chegaram ao consenso de que o melhor para diminuir o rombo no INSS é elevar arrecadação.
E é isso que as entidades devem propor na próxima reunião com o governo –que foi adiada desta sexta (3) para o dia 10 de junho.
"O que vamos propor são medidas para melhorar a gestão das contas da Previdência. Não vamos enviar um documento com propostas para a reforma, até porque, já há em curso uma modificação, que é a 85/95", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) vai compilar as propostas e criar um documento único para ser entregue ao governo até o início da próxima semana.
REFAZER AS CONTAS
"Não queremos apresentar propostas para a reforma. Queremos refazer todas as contas da Previdência", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini.
Uma das medidas que devem ser propostas é o fim da cobrança diferenciada para as empresas do agronegócio. Pela Lei de Custeio da Seguridade Social, a agroindústria e o produtor rural pessoa jurídica, contribuem com 2,6% sobre a receita bruta da comercialização da produção.
O setor industrial, por seu lado, recolhe 20% sobre a folha, mais o PIS, Cofins e CSLL (contribuição sobre o lucro) com alíquotas variáveis.
Outras propostas em consenso entre as centrais são a de venda de imóveis inutilizados pelo INSS, a revisão das isenções para as entidades filantrópicas e uma fiscalização mais eficiente das empresas inadimplentes.
"É bom ressaltar que todas essas propostas de melhora na gestão são para o setor privado e não para o setor público. São discussões em separado e não em conjunto, como o governo quer", disse o secretário da UGT, Natal Leo.
Pelos cálculos do Dieese, o deficit previdenciário do setor público é de R$ 120 bilhões para uma base de 3,5 milhões de pessoas. Já o setor privado gera um déficit de R$ 80 bilhões e atende a 28 milhões de segurados.
A Casa Civil confirmou o adiamento da reunião para o dia 10, para que haja mais tempo para avaliar a posição dos sindicalistas.
O governo não quis comentar, porém, a recusa das centrais em enviar propostas para a reforma da Previdência.
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