Indicado para o BC diz que nível de reservas pode ser revisto
Alan Marques/Folhapress | ||
O indicado para a presidência do Banco Central, Ilan Goldfajn, em sabatina na CAE do Senado |
O economista Ilan Goldfajn, indicado para assumir o comando do Banco Central, afirmou nesta terça-feira (7) que a instituição pode rever o nível das reservas internacionais "assim que as condições permitirem".
O Brasil tem hoje US$ 376 bilhões em reservas em moeda estrangeira, cerca de 20% do seu PIB (Produto Interno Bruto), algo próximo do nível de outros países emergentes, segundo o economista.
Ilan afirmou não haver consenso sobre qual seria o nível ideal, considerando a literatura econômica, mas que esse debate pode ser retomado.
"Esse seguro, no momento, é um seguro que vale a pena manter. Mas, assim que a gente passar esse período de incerteza, vale a pena fazer essa discussão sobre o nível ótimo das reservas, que depende também do quanto nos custa manter", afirmou Ilan durante sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
"Não é um debate para o curto prazo. É relevante manter esse seguro, mas é um debate importante assim que as condições o permitirem."
VENTOS
O Brasil não irá contar com os ventos favoráveis da economia mundial da década anterior, mas poderá voltar a crescer em 2017 se forem tomadas medidas concretas nesse sentido, afirmou Ilan.
"O período de ventos favoráveis na economia global ficou no passado e a era de juros nulos ou negativos está perto de seu fim, pelo menos nos EUA."
Ilan afirmou que o cenário internacional é desafiador, mas que há algumas luzes no fim do túnel. Disse que a economia da China está desacelerando, mas que não acredita na possibilidade de uma parada brusca. Sobre os EUA, afirmou que o banco central do país não tem pressa para elevar novamente os juros, pois há dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia local.
Para o economista, é factível que o país volte a crescer em 2017, como projetam os economistas consultados pelo próprio BC. Para isso, no entanto, Ilan disse ser fundamental colocar as contas públicas em ordem, algo que ajudaria o BC a controlar a inflação.
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