Governadores vão insistir em carência de 24 meses para dívida com a União
Os governadores mantiveram o pedido de uma carência de 24 meses no pagamento de suas dívidas com a União, em reunião realizada nesta segunda-feira (20) em Brasília na sede do governo do Distrito Federal.
"Os governadores insistem na necessidade de uma carência de dois anos e no alongamento de 20 anos no pagamento da dívida. Vamos ouvir agora qual a proposta do governo federal", afirmou o governador Rodrigo Rollemberg (DF).
O governo federal aceita chegar a um período de carência de dez meses, mas, com a resistência dos governadores, já começa a avaliar a possibilidade de ampliá-lo para 12 meses.
As administrações estaduais, contudo, têm insistido em um período de dois anos, o que é avaliado como "irreal" e "inegociável" pelo Palácio do Planalto, para quem um prazo tão longo causaria um impacto difícil de ser contornado nas contas federais.
Sem consenso, ministros e assessores presidenciais admitem a possibilidade de não haver acordo na reunião desta segunda-feira (20) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, marcada para às 13h30, e no encontro com o presidente interino Michel Temer, às 15h.
Assim, o Palácio do Planalto considera marcar nova reunião no mês que vem.
Participaram da reunião os governadores de Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins. Também estiveram presentes os vice-governadores de Acre, Bahia, Pará e Piauí.
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