Petrobras demite três e pune 17 por irregularidades em contratos
Paulo Whitaker - 12.abr.2016/Reuters | ||
Companhia demite funcionários envolvidos em fraude no programa de descontos na compra de remédios |
A Petrobras decidiu demitir três empregados e aplicar sanções a outros 17 por fraudes na contratação de empresas de prestação de serviços e no programa de descontos na compra de remédios.
As punições são resultado de investigações internas, que identificaram "desvios de conduta e de procedimentos", segundo comunicado divulgado aos empregados nesta sexta-feira (1).
A empresa não divulgou nomes, mas a Folha apurou que um dos demitidos é o gerente executivo de responsabilidade social, Antônio Santana, que já comandou de forma interina a área de recursos humanos.
A investigação interna apurou a contratação das empresas fornecedoras de mão de obra Hope e Personal, citadas em delação da Lava Jato como fonte de um esquema de propina que beneficiava José Dirceu.
O comunicado divulgado pela Petrobras nesta sexta, a estatal diz que as demissões foram por justa causa.
"Foi apurado o envolvimento de 26 pessoas e recomendadas sanções a 20 delas", diz o texto.
Oito empregados foram suspensos e outros nove, que haviam aderido ao plano de incentivo à demissão voluntária (PIDV), terão os benefícios do programa cancelados.
"O cancelamento do PIDV das pessoas envolvidas levará, em muitos casos, a processos de cobrança de ressarcimento pela Petrobras no âmbito judicial", diz a empresa.
Quatro dos investigados não serão punidos, por não terem sido considerados responsáveis.
Dos dois restantes, um já deixou a companhia e outro sairá no PIDV.
De acordo com a estatal, as investigações tiveram início a partir da delação de Pascowitch e de denúncias recebidas nos canais internos da companhia.
A Petrobras não especificou, porém, que tipo de irregularidades foram encontradas nos contratos.
Hope e Personal fornecem mão de obra terceirizada e experimentaram grande crescimento na Petrobras durante a gestão PT.
O sistema de acesso a informação da estatal mostra contratos de R$ 5,154 bilhões com as duas empresas, assinados entre os anos de 2007 e 2015.
No texto para os empregados, a Petrobras diz que a conclusão das investigações, "marca mais um avanço das mudanças na governança corporativa" e que "sempre que forem encontrados malfeitos, a Petrobras punirá os responsáveis".
O ex-gerente executivo de responsabilidade social Antônio Santana afirma em nota que "nega com veemência qualquer acusação relativa a irregularidades cometidas na companhia e associadas, injustamente, ao seu nome".
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