Dólar sobe após comentários de BC americano sobre juros; Bolsa cai
Após a forte alta da véspera, quando atingiu a maior pontuação em quase dois anos, o Ibovespa fechou em baixa nesta terça-feira (16), seguindo seus pares globais. O dólar chegou a cair ante o real mais cedo, mas acabou encerrando a sessão em leve alta.
No exterior, a intensidade de queda da moeda americana diminuiu após declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) de Nova York, William Dudley, de que há uma possibilidade de elevação dos taxas de juros americanos em setembro. Segundo ele, a economia do país crescerá mais no segundo semestre em relação à primeira metade do ano.
Além disso, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou que que está confiante de que a economia americana está acelerando, o que deverá possibilitar ao menos um aumento dos juros neste ano.
Os comentários dos dirigentes foram feitos às vésperas da divulgação, nesta quarta-feira (17), da ata da última reunião de política monetária do Fed, que poderá dar pistas sobre o rumo das taxas de juros americanas.
Um aumento dos juros na maior economia do mundo pode deslocar para os Estados Unidos boa parte dos recursos que vêm sendo direcionados a mercados emergentes, como o brasileiro.
No Brasil, o dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 3,1789, enquanto o dólar comercial ganhou 0,15%, a R$ 3,1950.
Pela manhã, o Banco Central leiloou mais 15.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 750 milhões.
No campo doméstico, um fator de preocupação é que a proposta do governo que limita o crescimento do gasto federal à inflação por até 20 anos, que ainda está na Câmara dos Deputados, enfrenta resistência de senadores da oposição e também da base aliada do presidente interino.
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,965% para 13,985%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançou de 12,650% para 12,700%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 passou de 11,860% para 11,890%.
O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, operava em leve alta de 0,05%, aos 253,562 pontos.
BOLSA
O Ibovespa fechou em baixa de 0,49%, aos 58.855,43 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões.
Segundo operadores, o Ibovespa foi influenciado pelo vencimento de opções sobre índice, que acontece nesta quarta-feira (16). "O vencimento de opções acrescenta volatilidade à Bolsa, mas o que houve hoje foi uma realização de lucros normal após a forte alta da véspera", comenta um profissional.
As ações da Petrobras ganharam 1,46%, a R$ 12,49 (PN), e 0,96%, a R$ 14,66 (ON), impulsionadas pela alta de cerca de 2% do petróleo no mercado internacional.
Os papéis da Vale subiram 1,13%, a R$ 16,10 (PNA), e 2,98%, a R$ 18,98 (ON), beneficiados pela valorização de mais de 3% do minério de ferro na China.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,41%; Bradesco PN, -1,51%; Bradesco ON, -1,28%; Banco do Brasil ON, -2,32%; Santander unit, -1,15%; e BM&FBovespa ON, -1,43%.
As ações ON da CSN caíram 5,56%, a R$ 10,53. A siderúrgica anunciou na noite desta segunda (15) que encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de cerca de R$ 60 milhões.
Fora do índice, Gol ON avançou 3,99%, a R$ 6,51, depois de ter reportado lucro líquido de R$ 309,5 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 355 milhões no mesmo período de 2015.
EXTERIOR
Na Bolsa de Nova York, os índices recuaram após terem atingido as máximas históricas nesta segunda-feira (15). O S&P 500 terminou a sessão em baixa de 0,55%; o Dow Jones, -0,45% e o Nasdaq, -0,66%.
Os comentários de dirigentes do Fed defendendo uma alta dos juros americanos ainda neste ano pressionou os índices acionários.
Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,68%; Paris, -0,83%; Frankfurt, -0,58%; Madri, -1,13%; e Milão, -1,21%.
Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,45%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,47%.
O índice japonês Nikkei perdeu 1,62%, com o iene atingindo a máxima de um mês.
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Atualizado em 24/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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