Dólar sobe mais de 1% e Bolsa recua 1,3% antes de ata do BC americano
O dólar se fortalece globalmente e as Bolsas recuam em meio à cautela dos investidores em relação à ata da última reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que será divulgada na tarde desta quarta-feira. No campo doméstico, a moeda americana avança mais de 1% e a Bolsa cai quase 1,3%.
Nesta terça-feira (16), os mercados já reagiram negativamente a declarações de dirigentes regionais do Fed sinalizando uma possível alta dos juros americanos ainda neste ano.
Se a ata do encontro do BC americano realizado em julho, que manteve a taxa básica de juros entre 0,25% e 0,50%, apontar nesta direção, o dólar poderá se fortalecer mais e as Bolsas ampliarem suas quedas. Isso porque haverá uma corrida para a compra da moeda americana e de títulos do tesouro americano.
Até então, as apostas majoritárias eram de elevação das taxas somente a partir do ano que vem, diante de indicadores fracos de atividade e da inflação baixa nos Estados Unidos.
CÂMBIO E JUROS
A moeda americana à vista subia há pouco 1,43%, a R$ 3,2244, enquanto o dólar comercial ganhava 1,00%, a R$ 3,2270.
Além da cautela em relação à ata do Fed, também contribui para a desvalorização do real o leilão de swap cambial reverso realizado pela manhã pelo Banco Central, equivalente à compra futura da moeda americana. Como tem ocorrido nos últimos dias, foram leiloados 15.000 contratos, no montante de US$ 750 milhões.
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 recuava de 13,985% para 13,980%; o DI para janeiro de 2018 operava estável, a 12,700%; e o DI para janeiro de 2021 avançava de 11,840% para 11,890%.
O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, avançava 1,32%, aos 256,906 pontos.
BOLSA
O Ibovespa perdia há pouco 1,27%, aos 58.105,07 pontos. O índice também é afetado pelo vencimento de opções sobre índice nesta quarta-feira.
As ações PN da Petrobras perdiam 0,32%, a R$ 12,45 (PN), e as ON subiam 0,06%, a R$ 14,67 (ON).
Em Londres, o petróleo Brent ganhava 0,14%, a US$ 49,30 o barril, enquanto em Nova York o petróleo tipo WTI perdia 0,56%, a US$ 46,32 o barril.
Os papéis da Vale perdiam 1,80%, a R$ 15,81 (PNA), e 2,00%, a R$ 18,60 (ON), influenciados pela queda do minério de ferro na China.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdia 0,85%; Bradesco PN, -1,33%; Bradesco ON, -2,04%; Banco do Brasil ON, -2,16%; Santander unit, -0,85%; e BM&FBovespa ON, +0,27%.
EXTERIOR
Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 perdia 0,32%; o Dow Jones, -0,42%; e o Nasdaq, -0,54%.
Na Europa, a Bolsa de Londres caía 0,48%; Paris, -0,86%; Frankfurt, -1,31%; Madri, -1,37%; e Milão, -1,34%.
O mercado acionário chinês teve leves variações nesta quarta-feira, um dia após a China aprovar o lançamento de uma conexão entre os mercados acionários de Hong Kong e Shenzhen.
Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,15%, enquanto o índice de Xangai teve leve variação positiva de 0,01%.
O índice japonês Nikkei ganhou 0,90%, devolvendo parte das perdas de terça-feira, graças ao enfraquecimento do iene.
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Atualizado em 23/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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