Preço de música on-line é desafiado nos EUA
Divulgação | ||
Streaming de música Spotify em iPhone da Apple |
Quanto as pessoas estão dispostas a gastar com streaming de música?
Por anos, graças às estruturas rígidas de preços dos serviços, a resposta era ou US$ 10 (R$ 33) por mês ou zero. Mas esse modelo pode em breve se ver desafiado por dois gigantes da mídia on-line: Amazon e Pandora Media.
As duas empresas vão lançar versões de seus serviços de streaming nos EUA (eles não estão disponíveis no Brasil) nas próximas semanas, cobrando a partir de US$ 5 (R$ 16,5) ao mês, segundo pessoas informadas sobre os planos.
Os planos pressionarão os líderes atuais do segmento, como o Spotify e a Apple Music, e oferecerão à indústria da música um teste crucial quanto ao valor do streaming de música —o que inclui a importante questão que indaga se descontos bastarão para fazer com que as pessoas se disponham a pagar por música quando todas as canções do planeta estão disponíveis também de graça.
O modelo de preço mensal de US$ 10, o padrão da maioria dos serviços de streaming nos EUA com seleção musical pelo usuário, foi comparado aos US$ 0,99 que a Apple cobrava pelo download de uma canção quando abriu a iTunes Store em 2003 —uma quantia simples e compreensível que estabeleceu nas mentes dos consumidores o valor da música na era da web.
No Brasil, os preços são menores. A assinatura individual do Spotify sai por R$ 14,90 (US$ 4,5), e a da Apple Music, por US$ 4,99 (R$ 16,5).
Mas muita gente no setor argumentaria que US$ 10 por mês é muito caro para os ouvintes casuais. O custo de US$ 120 ao ano supera a média de gasto que as pessoas em geral dedicam ao segmento.
De acordo com a MusicWatch, empresa de pesquisa de mercado, o consumidor médio de música nos EUA gastará US$ 67 com música gravada neste ano, ante US$ 55 no ano passado, mas abaixo dos US$ 80 de 1999, que foi o ano de pico para o mercado de CDs.
"Mesmo com a presença de música grátis, é possível convencer dezenas de milhões de consumidores a pagar por streaming de música, se o preço cair o suficiente", disse David Pakman, profissional de capital para empreendimentos e antigo executivo do segmento de música digital, que defende corte de preços.
Analistas e executivos do setor dizem que a ampla gama de descontos e promoções torna difícil avaliar quanto o consumidor está realmente disposto a pagar. A maior parte dos serviços oferece planos para a família, descontos para estudantes e períodos de teste a preços reduzidos.
Russ Crupnick, sócio-diretor da MusicWatch, diz que suas pesquisas demonstram que os assinantes de serviços premium como o Spotify estavam satisfeitos com o produto e se dispunham a pagar.
Mas, para os consumidores menos engajados, disse ele, especialmente os que estão satisfeitos com o rádio ou o streaming grátis do YouTube, pode ser necessário mais esforço para convencê-los a fazer uma assinatura. "Não considero que seja possível transformar um ouvinte casual automaticamente em superfã só porque o preço baixou."
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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