Traição a Temer na votação do teto foi marginal, mas atingiu todos os aliados
As defecções na base de Michel Temer foram pequenas na votação da PEC do Teto, mas todas as siglas governistas registraram ou ausências ou votos contrários à proposta prioritária do Palácio do Planalto para 2016.
A principal "traição" ocorreu no PSB, partido que até 2013 transitava na órbita do PT. Dos 32 integrantes da bancada do partido do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), 10 votaram contra o congelamento dos gastos federais.
O próprio ministro foi exonerado por Temer para retomar o mandato por um dia e engrossar a votação a favor da proposta.
Das principais siglas de apoio a Temer, o PMDB, partido do presidente, o PSDB e o PRB votaram em peso a favor da PEC. Mas as três legendas tiveram ausências: 4, 4 e 2, respectivamente, entre elas o candidato derrotado de Temer à Prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo (PMDB).
O PPS do ministro da Defesa, Raul Jungmann, também votou rachado: 4 votos a favor da PEC, 3 contra e 1 ausência.
No PP houve 2 votos contra e 5 ausências (de uma bancada de 47 deputados), entre eles o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA).
Na oposição, a principal discrepância em relação à posição contrária à proposta se deu no PDT, com 6 dos 19 votos da bancada favoráveis ao projeto de Temer.
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