Prazo para desligamento do sinal analógico no DF é estendido
Igor do Vale/Folhapress | ||
Prazo para desligamento do sinal analógico no DF foi estendido até 17 de novembro |
Inicialmente previsto para esta quarta (26), o desligamento do sinal analógico de TV no Distrito Federal teve o prazo estendido até 17 de novembro. A decisão foi acordada em reunião nesta terça (25) em Brasília, com representantes do Ministério das Comunicações, da Anatel, das teles e das radiodifusoras.
De acordo com a nova determinação, as emissoras estão autorizadas a transmitir apenas sinal digital a partir desta quarta –devem, porém, fazê-lo daqui a três semanas.
Segundo critérios do governo, a conversão só poderia acontecer em um município caso 93% de seus domicílios estivessem habilitados a receber o sinal digital. O patamar no DF está em 88%, segundo pesquisa do Ibope feita entre os dias 10 e 21.
No entanto, o instituto e a EAD (Entidade Administradora da Digitalização) –que gerencia a transição para a TV digital e é administrada por Vivo, Claro, TIM e Algar– projetam que o percentual de digitalização já teria chegado a 93% nos últimos dias.
Beneficiários do Bolsa Família e de programas sociais têm direito a um conversor para o sinal digital, custeado pela EAD –foram 280 mil até agora, dos 389 mil previstos. "Nos últimos sete dias, distribuímos 10 mil kits, e esperávamos que, se desligasse amanhã [nesta quarta], seriam 50 mil em uma semana", diz Antônio Marteletto, diretor-executivo da EAD.
A Folha apurou que houve discussões intensas durante a tarde desta terça, que opuseram Record e Globo.
A Record, representada pela Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), defendia a manutenção da data por entender que a conversão chegou a um "teto" e que o desligamento forçaria a demanda por conversores para quem ainda não os adquiriu.
Já a Globo e as demais emissoras, reunidas na Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), pressionaram pelo adiamento por entender que a conversão deixaria 400 mil pessoas sem televisão, diz a entidade.
"O percentual de migração definido pelo governo não foi atingido, e a população pode ser punida com o desligamento. Nós nos colocamos ao lado do público. O governo estabeleceu regras para o desligamento para preservar o interesse do público e não deixar a população sem televisão. Essas condições não se cumpriram e o desligamento deve vir tão logo sejam atingidas", afirmou a Globo, em nota.
A Abert recorreria à Justiça, caso o desligamento seguisse adiante. A entidade não aceita o desligamento abaixo de 93% em Brasília, pois abriria precedente para São Paulo, próxima cidade no calendário, que deve fazer a conversão em março de 2017.
Em Rio Verde (GO), cidade pioneira, acordaram em desligar o sinal analógico com 86% dos lares habilitados. Dizem que a cidade é menor (212 mil habitantes segundo o IBGE) e tem apenas uma geradora de TV, o que torna a transição menos complexa.
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