Após vitória de Trump, jornais dos EUA registram alta de assinaturas
Veículos da imprensa norte-americana têm recebido uma onda de novos assinantes e doadores desde a eleição de Donald Trump na semana passada.
O "The New York Times" anunciou na última quinta-feira (17) ter tido aumento de 41 mil assinantes, em suas versões impressa e digital, nos sete dias seguintes a eleição do republicano.
O incremento no número de assinantes foi o maior registrado em uma única semana desde o lançamento das assinaturas digitais do jornal, em 2011.
Segundo comunicado do "The New York Times", o número representa um aumento expressivo nos índices de crescimento de assinaturas em comparação com a semana anterior à eleição e ao mesmo período no ano passado.
O "The New York Times" também afirma ter tido recordes de visitas no dia 8, quando ocorreu a votação, e nos dias 9 e 10 de novembro.
Durante o período, os usuários passaram, em média, cinco vezes mais tempo do que o habitual no site do jornal.
O anúncio do jornal é uma resposta ao tuíte de Donald Trump do domingo (13), no qual o republicano afirmava que o jornal estaria perdendo milhares de assinantes, devido a uma suposta cobertura imprecisa da campanha eleitoral.
O "The Wall Street Journal" foi outro veículo que afirmou ter sido beneficiado pela audiência interessada na eleição, de acordo com o site do Instituto Poynter (especializado em estudos sobre o jornalismo).
A estratégia do jornal foi manter ativo seu "paywall" (limite de matérias disponíveis para quem não é assinante ler de graça) durante toda a semana da eleição, contrariando tradição norte-americana de retirá-lo durante a ocorrência de eventos de grande importância.
Como resultado, o jornal teve o dobro de novos assinantes do que em um dia normal na terça-feira da eleição, o triplo na quarta-feira e seguiu crescendo durante a semana, segundo o Poynter.
O "The Wall Street Journal" obteve seus maiores índices de audiência desde 2014, quando antecipou a morte do ator Philip Seymour Hoffman.
DOAÇÕES
A busca por jornalismo também chegou à organização sem fins lucrativos ProPublica, especializada em reportagens investigativas.
Também de acordo com o Poynter, as doações tiveram um salto após fala do apresentador John Oliver, do programa "Last Week Tonight" (HBO).
Criticando a disseminação de veículos de baixa credibilidade, o apresentador disse para sua
audiência que, para se ter bom jornalismo, se devia pagar por ele.
Richard Tofel, presidente da ProPublica, informou ao Poynter que, 12 horas após a exibição do programa, estava recebendo muitas doações por minuto, enquanto o normal seria receber algumas ao dia.
Tofel não informou o valor levantado pela instituição com essa onda de doações.
Outra organização jornalística sem fins lucrativos, a Mother Jones, afirmou ao blog especializado em assuntos da mídia do jornalista Erik Wemple, do "Washington Post", ter recebido 10 vezes mais doações no dia 9 de novembro (quarta-feira) do que em um dia comum.
A organização enviou uma mensagem pedindo doações na data, mas, segundo sua editora, Clara Jeffery, o volume de doações já estava acima do normal mesmo antes da ação.
A "Mother Jones publicou neste ano mais de 100 histórias sobre Donald Trump, incluindo casos relacionados à corrupção e extravagâncias relacionadas a ele na série "Trump Files".
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