Black Friday tem pico de 50 pedidos por segundo e cresce 17% em 2016
As vendas no comércio eletrônico durante a Black Friday, na última sexta-feira (25), foram 17% maiores do que as registradas no evento de 2015. No pico, entre 0h e 1h, foram realizados cerca de 50 pedidos por segundo no varejo eletrônico brasileiro, informou a consultoria Ebit, do Buscapé.
O evento fez o setor de comércio eletrônico faturar cerca de R$ 1,9 bilhão. O resultado ficou abaixo do esperado pela própria consultoria, que projetava vendas de R$ 2,1 bilhões, o que representaria crescimento de cerca de 30%.
Previsões semelhantes, de ao menos R$ 2 bilhões, também foram feitas pela organização do evento (a Blackfriday.com.br) e associações do setor de comércio eletrônico.
Black Friday - Evolução do faturamento, em R$ bilhões
O número de pedidos deste ano cresceu 4%, para 2,92 milhões, enquanto o valor médio de gastos do consumidor foi de R$ 653 —13% maior do que no ano passado.
Cerca de 20% das compras on-line —ou seja, R$ 380 milhões— foram feitas por dispositivos móveis (celulares e tablets). No ano passado, essa modalidade respondia por aproximadamente 9% do volume.
Quando se somam as vendas totais da sexta-feira com as registradas entre 20h e meia-noite de quinta-feira, período em que a maioria das lojas virtuais começou a colocar promoções no ar, o faturamento foi de R$ 2,06 bilhões, mais próximo do calculado pela Ebit.
Pedro Guasti, presidente da Ebit, disse considerar positivos os resultados das vendas. Ele atribuiu o resultado abaixo do esperado na Black friday propriamente dita a antecipação de promoções na quinta-feira.
"Em vez de esperar meia-noite e ter aquele avanço enorme dos consumidores, muitas lojas dispararam suas promoções algumas horas ou semanas antes. Isso deixa tudo mais confortável para todo mundo."
Segundo Guasti, a vantagem do alargamento do período de ofertas para as empresas é a redução do esforço de vendas concentrado em um único dia.
"O esforço é muito grande, o site não pode cair, é preciso reforçar toda a operação, os servidores, a banda larga, a emissão de notas. Tudo é feito 15 vezes mais do que em um dia normal."
RECLAMAÇÕES
Seguindo previsões do mercado, a Black Friday deste ano teve menos problemas do que as edições anteriores,.
O Procon-SP registrou 845 reclamações de compradores pela internet neste ano. Em 2015, quando as queixas também tinham caído, foram 1.184.
A queixa mais recorrente nesta edição foi a mudança de preços de produto no fechamento da compra (quando o produto estava no carrinho). A seguir, vieram reclamações de produtos em oferta indisponíveis e a maquiagem de preços —quando produtos têm valores inflados em semanas anteriores à Black Friday.
Bruno Stroebel, supervisor do Procon-SP, lembra que consumidores que não finalizaram suas compras devido a mudanças de preços na hora do pagamento têm direito de comprar os itens desejados nas condições oferecidas durante a Black Friday. Para isso, precisam ter registrado as telas que visualizaram durante o processo de compra.
O órgão também fiscalizou 58 lojas físicas e encontrou irregularidades em 9 delas (15%). Em 2015, o Procon-SP havia monitorado 35 lojas e constatado problemas em 14 (38%).
Na plataforma do Reclame Aqui, que registra queixas de clientes, foram 2.912 reclamações neste ano, ante 4.400 em 2015.
Os principais motivos de reclamações foram propaganda enganosa (22%), divergência de valores (15%) e problemas na finalização da compra (12%).
Um dos motivos mais comuns em edições anteriores a maquiagem de preços, teve pouco destaque, citada em 5,4% das reclamações. Foi o sexto motivo principal de queixas.
Os smartphones receberam 10,2% do volume de reclamações, ficando em primeiro lugar entre os produtos que mais tiveram problemas.
Em segundo lugar apareceram componentes, peças e acessórios de eletroeletrônicos, com 7%, seguido de TV, com 6,4%, celular, 6%, e notebooks, com 3,2%.
CATEGORIAS
Os eletrodomésticos lideraram as vendas durante a Black Friday, tanto se considerado o número de pedidos como também o faturamento da categoria.
Eles foram seguidos por produtos de telefonia em segundo lugar, em ambas as listas, e por itens de vestuário (quando considerado número de produtos vendidos) e eletrônicos (quando observado o faturamento).
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 28/03/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,24% | 128.009 | (15h40) |
Dolar Com. | +0,52% | R$ 5,0060 | (15h36) |
Euro | +0,04% | R$ 5,3979 | (15h31) |