Locais de relaxamento e convivência pedem estudo e investimento alto
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
Crianças no parque de trampolins Urban Motion, em São Paulo |
Ser o lugar principal na vida do consumidor depois da casa e do trabalho tornou-se um objetivo no varejo.
O conceito de "terceiro lugar", que surgiu com a rede norte-americana de cafeterias Starbucks, tem inspirado redes de franquias que buscam oferecer ambientes de convivência e entretenimento para os seus clientes.
Segundo Juarez Leão, diretor de treinamento e eventos da ABF (Associação Brasileira de Franchising), esse modelo é uma forte tendência de negócio para 2017.
"Criar ambientes onde inicialmente a intenção não é apenas a venda mas também a oferta de um espaço mais voltado para o entretenimento, o relacionamento e a aproximação da marca é algo que vem com bastante força no varejo", afirma.
A ideia também vem da busca por diferenciação. "Esse é o grande desafio: a briga pela experiência. Hoje, não se trata de produto ou preço.
Esses são fatores importantes, mas não é o suficiente porque, para o consumidor, é apenas o básico", explica Angelina Stockler, sócia-diretora da consultoria ba}STOCKLER.
No caso do Starbucks, a gerente de marketing da rede, Bianca Bader, explica que a marca aplica o conceito oferecendo, além dos produtos e do relacionamento entre funcionários e consumidores, um local de convivência.
"Nossas lojas podem servir como local de encontro de família ou reunião de negócios."
As franquias da Casa Bauducco têm a proposta da experiência. Mistura de cafeteria e empório, o negócio comercializa os produtos 'premium' da marca. Com 17 lojas, o investimento inicial do franqueado é de R$ 400 mil.
"Temos a preocupação em explorar os sentidos do cliente por meio do cheiro, da música, da arquitetura da loja e dos produtos.
Acreditamos que o consumidor se sente mais à vontade em ambientes aconchegantes que possibilitem experiências novas", explica Paulo Cardamone, diretor da Casa Bauducco.
"Para transformar lojas em ambientes de convivência é preciso dispor de imóveis maiores e que custam mais", diz Leão, da ABF.
O investimento em tecnologias como big data, para entender o comportamento do consumidor, também é importante.
DIVERSÃO
Para Caroline Bittencourt, diretora de inteligência de mercado do Grupo Bittencourt, o conceito de "terceiro lugar" também se aplica a ambientes onde o consumidor pode relaxar entre a casa e o trabalho, ou depois dele.
Em São Paulo, o parque de trampolins Urban Motion tem esse objetivo. O lugar possui várias camas elásticas interconectadas onde os clientes podem realizar atividades como basquete, parkour e queimada, além das acrobacias nas camas elásticas.
"É um conceito que existe há tempos nos Estados Unidos e tem crescido em outros países", conta o americano Caleb Beard, 40, que trouxe o negócio para o Brasil.
O público-alvo do negócio não é apenas o infantil.
"Conheci um parque de trampolim nos EUA num encontro da minha antiga empresa. É uma atividade de desestresse. Fazemos eventos corporativos porque isso relaxa e fortalece a equipe. Além disso, recebemos muitos adultos que vêm brincar com a família ou amigos", conta.
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