Hostels em Nova York tentam atrair jovens e reaquecer a cidade
Hilary Swift/The New York Times/The New York Times | ||
Albergue da Hostelling International USA, em Nova York |
Certo dia no fim de novembro, cerca de uma dúzia de proprietários e executivos de hostels (albergues) americanos e europeus fizeram uma excursão de quatro horas de duração, de ônibus, aos bairros industriais do distrito de Queens.
Determinados a reanimar e expandir o atrofiado segmento de albergues na cidade de Nova York —o que eles dizem tornaria a cidade mais atraente para os turistas jovens–, os visitantes estavam avaliando imóveis comerciais e armazéns.
"Os donos de albergues são como os mochileiros", diz Anne Dolan, fundadora e diretora da Clink Hostels. "Ousamos ir a lugares aonde ninguém mais vai."
Mas a questão em Nova York, dizem esses especialistas, é que poucos mochileiros ousam passar pela cidade, porque não há acomodações para eles. Como resultado, afirmam, a cidade está perdendo não só turistas e receita tributária mas a chance de se divulgar junto aos jovens.
"Creio que os albergues tornem as grandes cidades acessíveis para os jovens", disse Dolan. "Nova York está perdendo esse mercado".
Os defensores dos albergues atribuem a culpa por isso a uma lei estadual aprovada seis anos atrás, contra locações em lugares superlotados ou inadequados.
Mas o resultado da lei foi o fim de quase 60 albergues, de acordo com Feargal Mooney, presidente-executivo da Hostelworld, empresa de reservas em albergues que organizou a excursão. Mooney diz esperar que um novo projeto de lei, que está por ser debatido no legislativo municipal, possa reanimar o segmento.
No momento, o único verdadeiro albergue de Nova York é operado por uma organização sem fins lucrativos, a Hostelling International USA, na avenida Amsterdam, Upper West Side, ele diz. O albergue consegue operar em Nova York por conta da classificação do edifício que ocupa e de uma licença para uso especial.
Aaron Chaffee, vice-presidente de desenvolvimento de albergues da Hostelling International, disse que receberia positivamente a instalação de novos albergues na cidade, mas apoia a necessidade de regulamentação.
Antes da lei de 2010, alguns albergues ofereciam acomodações abaixo do padrão, reconhece Mooney, mas nem todos.
Nova York fatura cerca de US$ 234 milhões ao ano com albergues e formas relacionadas de turismo, o que é cerca de um terço do montante que uma cidade de seu tamanho deveria movimentar, de acordo com uma recente análise da Hostelworld.
Nos Estados Unidos, disse Daly, cidades como Miami, Los Angeles e Chicago estão atraindo investimento em albergues que poderia ser direcionado a Nova York.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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