Disputa entre teles e emissoras pode adiar fim da TV analógica em SP
As operadoras de telefonia travam uma disputa com a Record, o SBT e a RedeTV! que pode levar a um atraso no desligamento do sinal analógico de TV na região metropolitana de São Paulo.
Até o momento, o governo não cedeu e manteve o cronograma inicial, que prevê que o desligamento vai ocorrer em março.
No entanto, as teles aguardam nova posição da Abert, a associação que representa radiodifusores, com exceção da Record, que já se posicionou contra o adiamento.
As teles tentam, via Globo e Band, convencer o SBT a jogar o adiamento para maio. Antes, as operadoras queriam que fosse para setembro.
Isso porque as operadoras, no desligamento do sinal analógico, precisarão fazer um depósito de R$ 2,6 bilhões para o fundo criado para a compra de conversores digitais a serem distribuídos para os cadastrados do Bolsa Família e do Cadastro Único.
O fundo já tem R$ 1,1 bilhão, quantia que, segundo as teles, seria mais do que suficiente para comprar os conversores a serem distribuídos em São Paulo.
Inicialmente, o governo marcou posição favorável às teles na questão do desligamento. Mas mudou de posição porque, nas últimas semanas, a Record acirrou as críticas ao projeto de lei que muda o marco legal das telecomunicações e que atende ao pleito das teles.
Nos bastidores, o governo não mede esforços para fazer com que o projeto de lei seja sancionado por Michel Temer –a discussão, porém, depende ainda de aval do Supremo.
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