Saque do FGTS abre janela para ações da Petrobras e da Vale
Reginaldo Pimenta/Raw Image | ||
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro |
Com o saque das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o trabalhador que tem parte do dinheiro do fundo em ações de Vale e Petrobras poderá escolher se quer resgatar todo o dinheiro ou manter as aplicações nos papéis das companhias.
Se decidir manter o investimento agora, ele poderá vender as ações em qualquer momento no futuro e ficar com o dinheiro -ele não retorna para o FGTS.
O saque das contas inativas do FGTS começa em 10 de março, pelos trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro (veja calendário). O resgate precisa ocorrer até julho.
São contas inativas aquelas de empregos anteriores, dos quais o trabalhador pediu demissão ou foi demitido por justa causa. Para retirar o dinheiro, elas têm que ter ficado sem depósitos até 31 de dezembro de 2015.
Se quiser resgatar o dinheiro todo de uma vez, o cotista precisará sair do investimento em ações e devolvê-lo para o FGTS antes de pedir à Caixa o saque das contas inativas. Nesse caso, é preciso falar com o banco que tem a custódia das ações.
O trabalhador que decidir manter o investimento poderá pedir o resgate a qualquer momento, no futuro. O dinheiro retornará para sua conta-corrente. Para isso, bastará realizar a venda das ações com o banco pelo qual fez a aplicação no passado.
Atualmente, o saque desses fundos só é permitido em casos pontuais -aposentadoria e compra da casa própria, por exemplo.
Os fundos de ações de Vale e Petrobras dos cotistas do FGTS têm R$ 4,6 bilhões em patrimônio e acumulam valorização de 12% neste ano, até o dia 21 de fevereiro.
As ações da Vale subiram 30% em 2017, enquanto os papéis da Petrobras tiveram desempenho pior. As ações preferenciais da estatal (mais negociadas) têm alta de 4,64%, enquanto as ordinárias (com direito a voto) acumulam baixa de 2,72%.
ESTRATÉGIA
Para quem tem dívidas a pagar ou ainda não formou reserva financeira para emergências, a melhor opção, segundo especialistas, é sacar o dinheiro todo e levar para a renda fixa, em que poderá ser acessado com menor risco.
Se o objetivo é manter aplicações em ações, ainda é preciso traçar uma estratégia, sugere José Raymundo Junior, planejador financeiro.
"Se 100% das ações do trabalhador são Vale e Petrobras, não vale a pena deixar o dinheiro lá", diz o especialista.
Ele recomenda que parte do dinheiro seja resgatada para compra de papéis de outras companhias, com o objetivo de diversificar. Assim, o pequeno investidor fica menos sujeito a oscilações bruscas de mercado.
Agora, para quem planeja usar os recursos no curto prazo -como a compra da casa própria-, o melhor é vender ações e levar o dinheiro para investimentos mais seguros.
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