Investimentos em renda fixa oferecem isenção de Imposto de Renda
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas | ||
Opções são LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas, conforme perfil do investidor |
Quando se pensa em investimento isento de Imposto de Renda, lembra-se logo da poupança. Apesar de ser aplicação de baixo risco, seu problema é a rentabilidade, que perde para outras aplicações.
Mas há outras opções na renda fixa livres de IR para pessoa física. São elas: LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis Agrícolas) e debêntures incentivadas (ou debêntures de infraestrutura).
Diferentemente da poupança, que tem remuneração fixa em todas as instituições, a rentabilidade dessas opções varia conforme o emissor.
Nem todas se adaptam a qualquer perfil de investidor. Segundo especialistas, as que têm menor risco e são mais acessíveis são as LCIs e LCAs.
Roberto Indech, analista-chefe da corretora Rico, destaca que, por serem emitidas por bancos, esses títulos têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por investidor, em caso de quebra da instituição.
Indech lembra que a rentabilidade desses papéis pode chegar a 95% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, juros médios dos empréstimos entre bancos), o que os torna competitivos ante CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que sofrem incidência de IR.
Por outro lado, LCIs e LCAs têm menor liquidez, pois os recursos só podem ser resgatados no vencimento. Senão, o investidor paga multa.
Compare a rentabilidade - Para uma aplicação de R$ 5 mil nos últimos 12 meses até 14/03
CERTIFICADOS
Os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadoras, que compram dívidas que servem de lastro a esses e outros títulos. Para Sandra Blanco, da Órama Investimentos, tais aplicações são adequadas a grandes investidores. "Não são indicados a pequenos, pois não há garantia do FGC e têm pouca liquidez."
Nas debêntures incentivadas, especialistas ressaltam que empresas estão elevando as emissões nos últimos anos, com aplicações a partir de R$ 1.000. "Têm sido opção para diversificar, mas também não há garantia do FGC."
PRAZOS
Mauro Mattes, da Concórdia Corretora, diz que a decisão de investir depende ainda do prazo em que se quer manter a aplicação. "Se você quer investir só por 90 dias, é melhor buscar LCIs e LCAs. Para de 1 a 3 anos, o CDB, mesmo com incidência de IR, pode compensar", diz.
Segundo ele, para mais de três anos, o investidor com maior recurso e apetite a risco pode buscar debêntures incentivadas, CRIs e CRAs.
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